A hotelaria brasileira tem desempenho acima do previsto, de acordo com o 13º Panorama da Hotelaria Brasileira, divulgado pela Hotel Invest em parceria com o Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (Fohb). A ocupação dos hotéis continua crescendo rápido com alta de 5,7% no acumulado de janeiro a julho, em relação ao mesmo período de 2018.
A novidade fica com a diária que, após cinco anos em queda, voltou a subir, com acréscimo de 4% em valores reais, descontados os efeitos da inflação. Os dados representam uma média das 11 cidades analisadas no panorama.
Entre os principais destaques na receita por quarto disponível (Revpar) estão Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro e São Paulo, todas com crescimento real de dois dígitos. Salvador, Porto Alegre, Curitiba e Brasília também crescem, em média 5,4%.
Somente Goiânia ficou estagnada, em razão do recente aumento de oferta, e Fortaleza caiu, devido ao incidente de segurança pública no começo do ano e aumento de preço das passagens aéreas após o cancelamento dos voos da Avianca Brasil. O crescimento real de RevpAR até o momento é 2,3 vezes superior ao orçado pelas redes associadas ao Fohb.
OCUPAÇÃO
As taxas de ocupação já voltaram a patamares próximos ao limite sazonal na maioria dos mercados. Em nove das 11 cidades a ocupação anual chega a ser superior a 65%. Com melhor ambiente econômico em 2020 e poucos hotéis em desenvolvimento, a pressão de demanda aumentará e, por consequência, o processo de recuperação de preços tende a se intensificar. Em seis das 11 cidades analisadas o crescimento real de diária já começou em 2019, com destaque para Belo Horizonte (+15,2%), São Paulo (+8,4%), Salvador (+6,4%) e Vitória (+5,7%).
Apesar do aumento de diária em 2019, as tarifas continuam entre 20% e 50% abaixo do pico histórico, descontada a inflação. O valor atual dos hotéis em diversas cidades é abaixo do custo de reposição. As tarifas precisam subir próximo a dois dígitos para a hotelaria recompor o seu potencial de lucro, segundo o estudo.
PICO HISTÓRICO
São Paulo foi o primeiro mercado a sentir a recuperação da demanda corporativa e de eventos. Depois de atingir o mínimo de 58% de ocupação no pico da crise, o índice já voltou próximo a 70% na média anual. Com maior pressão de demanda, os preços voltaram a crescer. Fonte: Panrotas.