Por Pedro Menezes
De Brasília– A Associação Internacional de Transporte Aéreo para as Américas (Iata) forneceu atualizações sobre os desenvolvimentos regionais nesta segunda-feira (28), em conferência do Fórum ALTA Airline Leaders 2019. E o destaque fica por conta da aviação que contribui com US$ 156 bilhões para o PIB e fornece 7,2 milhões de empregos em toda a América Latina, conectando a região com 160 cidades de todo o mundo.
Porém, o setor enfrenta situações comerciais difíceis tanto em nível regional quanto global, provocadas pelo clima político geral e pelas guerras comerciais. Os altos custos operacionais na região, devido aos altos impostos e taxas cobrados por governos e prestadores de serviços, também fazem da lucratividade um dos principais desafios. É o que comentou o vice-presidente da Iata para as Américas, Peter Cerdá.
“Estimativas de longo prazo mostram que o tráfego de passageiros na região deve continuar com crescimento anual de aproximadamente 4,1%, com a classe média em expansão gerando uma boa parte dessa demanda. Para isso, precisamos de estabilidade política na região, mas os eventos recentes mostraram novamente que isso não é realidade”, comentou Cerdá. “O aumento artificial dos custos tem que acabar. Não é possível que, no Brasil, o combustível para aviação seja um dos mais caros do mundo devido à falta de concorrência na cadeia de valor”.
O VP da Iata também afirmou que o fornecimento de infraestrutura a preços acessíveis é uma obrigação. “Precisamos da participação de todos do setor desde o início para garantir que a infraestrutura adequada seja construída para atender aos passageiros com eficiência, segurança e facilidade. Um exemplo é Santiago, no Chile, onde o processo de consulta começou muito tarde, ou Lima, onde a falta de apoio governamental está a pôr em risco a conclusão atempada da segunda pista e do terminal”, destacou.
Fonte: mercado&eventos