A tecnologia é um dos destaques no transporte aéreo e vem conquistando bilhões de viajantes, que se conectam por dispositivos como smartphones e notebook, durante toda a sua jornada. Segundo pesquisa da Sita, a taxa de uso é alta e esses índices devem permanecer neste nível. Nas etapas de pré-viagem, 85% na média mundial e 83% no Brasil utilizam tecnologia para reservas de passagens aéreas. Para o check-in, são 54% na média mundial e 56% dos usuários em território nacional.
Neste sentido, estar conectado é fundamental para os viajantes. A grande maioria dos passageiros permanece on-line durante o tempo de permanência no aeroporto (65% mundial e 63% no Brasil) e a bordo da aeronave (70% no mundo e 83% no Brasil).
Sobre o controle de identidade, o uso da tecnologia dobrou em um ano. A média subiu de 21% para 43% em 2018, igualmente nas médias brasileiras e nos demais países pesquisados, o que representa um crescimento em ritmo acelerado. Na adoção de tecnologia na etiquetagem de bagagens, o número foi de 48% no mundo e 52% no Brasil.
SATISFAÇÃO
Uma das principais conclusões da pesquisa desta edição, que foi realizada com 7,5 mil entrevistados de 20 países, é que os usuários de tecnologia estão relatando mais satisfação durante a jornada do que aqueles que passam analogicamente por todos os processos. Isso é particularmente importante em três etapas: tempo de permanência no aeroporto, a bordo da aeronave e no recolhimento da bagagem na esteira do destino.
Nessas etapas, as pontuações de satisfação dos usuários de tecnologia acompanharam comparativamente até 8% mais do que os passageiros que usavam processos presenciais. Dados da pesquisa comprovam que quanto mais uso da tecnologia por viajantes, mais satisfeitos eles estão com a jornada. E no Brasil, a demanda por serviços automatizados é maior que a média global. Um exemplo é disponibilidade para o uso da biometria. No mundo, 58% dos entrevistados gostariam de usar o serviço. Já no Brasil esse percentual sobe para 82%.
A etapa de coleta de malas é bastante sensível. É nesse momento que os passageiros tendem a sentir emoções negativas (ansiedade e estresse), e obter informações é fundamental na chegada. Quando perguntado o nível de satisfação, de acordo com a forma como os passageiros obtiveram informações sobre a coleta de malas em seu último voo, viu-se que 54% usam tela no aeroporto, 33% ouviram anúncio em áudio público e 27% receberam notificações móveis em seus dispositivos pessoais.
DADOS DE CONSUMO
Com a grande maioria dos viajantes (86%) consumindo serviços no aeroporto ou a bordo, é importante observar a distinção entre aqueles que aderem ao que é gratuito ou já está incluído na passagem aérea e aqueles que pagam por serviços. De acordo com a pesquisa, é mais provável que os viajantes façam compras durante o tempo de permanência nos aeroportos (64%), o que sugere que há um grande potencial para aumentar a receita não aeronáutica, investindo em estratégias que incentivem os viajantes a passarem mais tempo no terminal antes da partida.
Da mesma forma, os passageiros são um público cativo a bordo. Sendo assim, as companhias aéreas podem considerar os avanços na conectividade como oportunidades para implementar e aumentar vendas de entretenimento, mercadorias e serviços personalizados com maior margem de lucro.
Estima-se que seja de mais de US$ 25 bilhões o valor de investimento em tecnologia na área, somente por companhias aéreas, em 2019. Desse montante, os principais focos são a cyber segurança, inteligência artificial, autoatendimento e aplicativos que tornarão todo processo de viagem mais simples, seguro, eficiente e confortável.
Diante da grande quantidade de dados, pode-se concluir que a tecnologia permitiu mais praticidade, conforto e tempo, do início ao fim das viagens. De acordo com a Sita, o uso de biometria e o autoatendimento facilitaram todo esse processo e tendem a crescer.
E o Brasil acompanhou a média da resposta mundial, comprovando que o mercado nacional está no mesmo ritmo de outros países ao redor do globo. Com mais disponibilidade, o passageiro se torna mais disposto a consumir, seja para entretenimento ou para fins profissionais. Fonte: Panrotas.