As obras venceram o Desafio Criativo que foi comunicado aos atelies por meio do site, redes sociais e presencialmente. Os responsáveis pelos projetos finalistas receberam R$ 8 mil de ajuda de custo da Diretoria de Gestão do Centro Histórico para montar seus trabalhos. A ação faz parte do projeto Terreiro de Papai Noel, realizado pela Prefeitura, por meio do projeto Pelourinho Dia e Noite, programa da Diretoria de Gestão do Centro Histórico, órgão vinculado à Secretaria de Cultura e Turismo (Secult).
Os artistas plásticos Euro Pires e Guache Marques e a coordenadora de Gestão do Centro Histórico, Eliana Pedroso, se reuniram para a análise dos projetos e elegeram aqueles que atenderam as regras preestabelecidas. Participam da disputa o Cabuloso Atelier de Arte e Cultura, que tem como responsável o artista Marcos da Silva Costa, o Vanderdesigner, de Vanderlei de Oliveira, que funciona na antiga casa paroquial no Largo do Santo Antônio Além do Carmo, e o Atelier Menelaw Sete Pinturas, comandado pelo artista Menelaw Sete.
Feito de sucata, madeira, retalhos, espuma e coberto com massa acrílica e envernizado com pintura automotiva, o Nativo do Pelô, do artista Menelaw Sete, recebe os últimos ajustes na ornamentação. Vermelho só mesmo o gorro. A vestimenta bastante colorida traz a pintura que conta a história do Pelourinho, com homenagem a grandes nomes do Centro Histórico como Clarindo Silva, Nega Jô, Olodum e Filhos de Gandhi. O Nativo é músico e carrega nas mãos um tambor que no seu interior possui um pen-drive que irá tocar músicas da Bahia. “Eu procuro expressar afro-baianidade na minha arte. Meu Papai Noel é músico, tocar e conta a história do Pelourinho. Sabemos que aqui temos muitas crenças e a ideia é que nosso bom velhinho expresse a cara do nosso povo”, explica o artista.
A presença dos elementos da cultura baiana também se faz presente no Papai Noel Ba-Vi, do artista plástico e designer Vanderlei Oliveira. Composto de fibra de vidro e todo revestido em mosaico de azulejos, a obra de arte tem as cores do Olodum e desenhos de pequenos rostos de criança em meio aos pedaços de azulejo. Ao lado dele, o berimbau e os timbales. Nos pés do bom velhinho, duas bolas com cores dos times Bahia e Vitória, todos os detalhes decorados em mosaico. Nas mãos, um enorme balaio com brinquedos artesanais como bonecos de pano, piões e bonecas de madeira. “Como a votação será feita por crianças, tentei explorar bastante o lúdico, sem perder as nossas características regionais de um Papai Noel músico e irreverente”, afirma.
O terceiro concorrente é o Papai Noel Cabuloso, do professor, artista plástico, cenógrafo e grafiteiro Marcos Costa. Com a pele negra, tranças e barba rastafári, a figura usa a tradicional roupa vermelha do bom velhinho. Os detalhes estão nas palavras de ordem escritas na vestimenta e nos óculos escuros. “Essa iniciativa traz para nossa cidade um Papai Noel ressignificado que se encaixa na nossa origem, no nosso contexto. As crianças vão curtir a figura que tem a cara do Pelourinho”, aposta o artista.
Programação infantil