Por Marcos Martins
O tráfego aéreo na América Latina e Caribe teve alta de 2,1% em outubro, com 25,9 milhões de passageiros transportados, em relação ao mesmo mês do ano passado, segundo informações divulgadas pela Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (Alta). O Brasil registrou em outubro um aumento de 5,3% do tráfego aéreo doméstico e um crescimento acumulado de 1,4% de janeiro a outubro de 2019.
Os números podem ser considerados positivos tendo em vista que, neste período, o País registrou quatro meses seguidos de retração do movimento aéreo em virtude do fim das operações da Avianca Brasil. O Brasil é o maior mercado da América Latina e Caribe e, em outubro, transportou sozinho 9,5 milhões de passageiros, 35% do total de toda a região. Colômbia e México também foram importantes destaques em outubro, com aumentos no tráfego doméstico de 11% e 8,3%, respectivamente.“Outubro foi um mês de importantes desafios para a região, muito em parte por conta de contextos sociopolíticos locais, que afetaram as dinâmicas econômicas, incluindo o mercado do transporte aéreo.
Mais uma vez, no entanto, fica evidente o quanto a indústria da aviação é resiliente, assim como sua importância para as economias da América Latina e do Caribe. A indústria não apenas gerou crescimento, mas também supriu perdas nos mercados afetados”, explica o diretor executivo e CEO da Alta, Luis Felipe de Oliveira.Os mercados de Chile e Argentina puxaram os números para baixo, entretanto o desempenho positivo de países como Brasil, México e Colômbia manteve a tendência de expansão da região, que há quase 16 anos consecutivos registra crescimento mensal de seu tráfego aéreo.O Chile, que mantinha crescimento sustentado por 45 meses consecutivos, apresentou queda de 4,3%.
O tráfego doméstico chileno não apresentava resultados negativos desde dezembro de 2015, quando diminuiu 2,2%. O mercado doméstico argentino apresentou uma desaceleração importante em outubro, registrando crescimento neutro em número de passageiros, comparado ao crescimento de dois dígitos que vinha registrando nos meses anteriores.Já o tráfego internacional na América Latina e Caribe apresentou redução tanto no mercado interrregional (-2,8%) como no extrarregional (-3,2%). A Alta registrou, no entanto, exceções, como a rota interrregional México – Colômbia, que teve crescimento na capacidade de assentos de 17,4% e um aumento em número de voos operados de 17,2%. Fonte: Panrotas.