A festa da Lavagem do Bonfim contará com a apresentação de 49 entidades, incluindo grupos musicais, blocos e agremiações que desfilam, nesta quinta-feira (16), na tradicional festa de rua da cidade. Responsáveis por levar a trilha sonora da caminhada profana, eles iniciam a festa após o cortejo das baianas, nas imediações da Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia. As bandas e manifestações culturais, devidamente inscritas e cadastradas na Empresa Salvador Turismo (Saltur), alegram fiéis e turistas que participam da festa, que este ano tem o tema “Senhor do Bonfim, 275 anos de devoção, veneração e proteção”.
Participando do cortejo pelo 6º ano, a Banda Marana é sempre uma das primeiras a desfilar. Animados com mais uma presença confirmada na festa, os cinco integrantes do grupo montaram um repertório especial que inclui clássicos da Música Popular Brasileira (MPB), uma versão instrumental do Hino no Senhor do Bonfim e canções autorais, com destaque para a música “Doce Dulce”, de autoria do compositor e cantor da banda, Chico Gomes. “Para nós, um ano especial. Além de saudar o Senhor do Bonfim, vamos homenagear a Santa Dulce que tem nos aberto muitas portas”, diz Gomes.
Na lista de canções estão músicas de nomes como Alceu Valença, A Cor do Som, Djavan, Moraes Moreira e Olodum. “Nós adoramos fazer essa festa que tem algo tão forte que mistura o religioso e o profano. Já estamos a todo vapor, ansiosos para quinta-feira”, disse o cantor. Para ele, o grupo que traz o nome Marana, que significa mistura de raízes, não poderia ficar de fora de uma festa com tanta diversidade como a Lavagem do Bonfim. Além de Gomes, no vocal e guitarra, o grupo é formado por Fabrício Cyem (baixo), Rafael Palmeira (bateria), João Mistro e Anderson Guedes (percussão).
Entre os grupos que desfilam está também o Keepwalking Bonfim, que há dez anos participa da lavagem. Formado por 150 amigos e parentes, eles seguem por todo percurso animados pelo som da banda de fanfarra, Charanga da Dadá. Antes da caminhada musical, se reúnem para uma feijoada realizada na casa do organizador da festa, Ricardo Garcez. “É uma farra boa danada. Começamos com oito pessoas, hoje já somos 150, todos conhecidos. Um grupo bom e animado que já participa junto da festa há uma década”, afirma.