Por Raquel Relvas Neto
O Grupo Vila Galé registou um aumento de 7% em volume de negócios em 2019, alcançando um total de 197 milhões de euros.
Em Portugal, as 25 unidades do portfólio da cadeia hoteleira verificaram um total de 115 milhões de euros em receitas, comparadas com os 112 milhões de euros no ano anterior. Excluindo o impacto das receitas das duas unidades que o grupo inaugurou no ano passado – Vila Galé Douro Vineyards e Vila Galé Collection Elvas -, as receitas em Portugal foram de 106 milhões de euros. Um resultado operacional que deve chegar aos 50 milhões de euros, depois de fechadas as contas.
Segundo Gonçalo Rebelo de Almeida (foto), administrador do grupo, num encontro com a imprensa, a região que maior crescimento obteve foi o Porto e Norte, enquanto o Algarve este em linha com o ano passado e a Madeira verificou um decréscimo. Lisboa, Centro e Alentejo também registaram variações positivas nos resultados.
O mercado nacional continua a ser o principal mercado das unidades em Portugal, representando 30% das dormidas, seguindo-se o mercado britânico, alemão, espanhol e brasileiro. O grupo salienta ainda o crescimento do número de hóspedes de mercados como o italiano e o norte-americano, com aumentos de 13% e 18%, respetivamente. Rebelo de Almeida realçou ainda o crescimento de mercados provenientes da Ásia, concretamente da China e Taiwan, onde acrescem ainda os de Israel e Austrália. “Houve uma desaceleração dos mercados tradicionais, como os Países Baixos, Reino Unido e Alemanha.
As unidades em Portugal alcançaram 1,9 milhões de dormidas. O administrador do grupo aponta que, no ano passado, notou-se “alguma tendência na descida da estada média” que, na Vila Galé, registou um decréscimo de 5%. Esta descida é justificada pelo “fenômeno das escapadinhas”, que tem aumentado.
Brasil
No que diz respeito às unidades no Brasil, onde o grupo conta com três hotéis de cidade (Rio de Janeiro, Salvador e Fortaleza) e seis resorts (Marés, Ecoresort do Cabo, Ecoresort de Angra, Cumbuco, Touros e VG Sun Cumbuco by Vila Galé), estas alcançaram 1,5 milhões de dormidas e receitas de 82 milhões de euros, mais 18% do que em 2018. Um resultado operacional que deve chegar aos 20 milhões de euros. Os brasileiros também se mantêm como principal mercado, representando quase 90% do total, seguidos pelos argentinos e os portugueses.
Para 2020, Gonçalo Rebelo de Almeida considera que os resultados devem estar em linha com os registados em 2019. Porém, considera que existem alguns pontos de interrogação que podem afectar a performance das unidades, sobretudo em Portugal, como seja a questão do Brexit, a repetição de falência de operadores turísticos, como de companhias aéreas, mas também o aumento da concorrência de destinos que voltam a entrar em força no mercado, como a Turquia, Tunísia e Egipto.
No Brasil, “a tendência é de estabilização”, considera o administrador do grupo hoteleiro.
Fonte: Publituris/PT