Com a revisão do alerta de segurança da Organização Mundial da Saúde (OMS), que passou o nível de risco na China de alto para muito alto, várias companhias aéreas anunciaram a suspensão de voos para o país, a exemplo da British Airways, Lufthansa, Iberia, American Airlines e United Airlines.
No caso da British Airways, que voa para Pequim e Xangai à partida do aeroporto londrino de Heathrow, os voos foram suspensos esta quarta-feira, 29 de janeiro, com “efeito imediato”, numa decisão que a companhia aérea justifica com a recomendação do ministério de assuntos exteriores britânico, que não aconselha viagens à China, a menos que sejam absolutamente imprescindíveis.
“Suspendemos todos os voos de e para a China continental com efeito imediato”, justificou a companhia aérea britânica em comunicado, onde sublinha que a segurança dos passageiros e tripulação é sempre a sua “prioridade”.
Decisão idêntica tomou também o Grupo Lufthansa, que analisou a fundo todas a informação disponível sobre o surto do novo coronavírus e optou por suspender todos os voos das companhias aéreas Lufthansa, Swiss e Austrian Airlines com origem e destino na China com efeito imediato e até 9 de fevereiro.
“A segurança dos passageiros e funcionários é uma prioridade para o Grupo Lufthansa”, avançou o grupo de aviação alemão que, segundo o Hosteltur, registou já um caso suspeito de infeção a bordo de um dos seus aviões.
Apesar de suspender os voos para a China, as companhias do Grupo Lufthansa vão, no entanto, continuar a operar os voos para Hong Kong conforme programado.
Pela suspensão dos voos optou ainda a Iberia, que voa para Xangai e que tinha prevista uma ligação para esta sexta-feira, 31 de janeiro, que, no entanto, já não se deverá realizar, à semelhança de todos os voos ao longo do mês de fevereiro.
Nos EUA, companhias como a American Airlines e a United Airlines também anunciaram a suspensão de voos para a China, enquanto em 20 aeroportos do país foram reforçadas as medidas de prevenção para detetar possíveis casos de contágio.
“Estamos constantemente a preparar-nos para a probabilidade de a situação piorar”, afirmou Alex Azar, secretário de saúde e serviços humanos dos EUA, durante uma conferência de imprensa sobre as medidas que estão a ser tomadas para conter o surto do novo coronavírus, que tem já cinco casos confirmados no país.
Alex Azar disse também que as autoridades norte-americanas olham para este novo vírus como uma “ameaça de saúde pública potencialmente muito grava” e que, por isso, não hesitarão em proibir todos os voos com origem na China, se for necessário.
No caso da American Airlines, foram cancelados os voos que a companhia aérea realizava entre Los Angeles e Pequim, bem como entre Los Angeles e Xangai, avança a CNN, que diz que também a United Airlines vai igualmente suspender os voos entre os seus hubs nos EUA e as cidades chinesas de Pequim, Hong Kong e Xangai, entre 1 e 8 de fevereiro.
Recorde-se que, nos últimos dias, as autoridades chinesas colocaram várias cidades em quarentena e decretaram o encerramento de monumentos e outras atrações turísticas, numa tentativa de conter o surto do 2019-nCOV, o novo coronavírus que já fez mais de 130 vítimas mortais na China.
Fonte: Publituris