Governo americano muda critério do visto EB-5 e brasileiros terão prioridade

O Governo americano, por meio da agência de imigração USCIS, anunciou nesta quarta-feira, 29, que mudará o critério ‘First in First Out’ para o visto de investidor EB-5. A nova medida altera a fila de análise dos processos de investimento no visto EB-5. Atualmente, os processos são analisados pela ordem de entrada e o prazo de espera de brasileiros para resposta à aplicação fica entre 35 a 40 meses.
Novo critério garante que prazo de análise do projeto aplicado hoje estimado em 40 meses caia drasticamente. Mudança prevê que brasileiros aguardem em uma fila única de compatriotas e não mais na fila geral. Nova medida deverá entrar em vigor no dia 31 de março deste ano. Na foto, New York City, capital do mundo ocidental, porta de entrada para o america-way-of-life. Crédito: Divulgação

Com a mudança, os processos passarão a ser analisados pela ordem de entrada para serem analisados primeiramente os pedidos de países que não tem suas cotas já ocupadas, como o Brasil, por exemplo. Atualmente, brasileiros aguardam numa fila geral e a mudança na regra criará uma fila única para cada país o que deixará a avaliação mais célere.


“Sem dúvida o tempo é uma questão importante quando se trata de investimentos. Essa mudança no critério favorecerá, e muito, os brasileiros que pretendem vir como investidores no visto EB-5 para os Estados Unidos. O caso sendo analisado e respondido mais rapidamente é a garantia de um green card mais rápido, ou seja, uma vida plena nos Estados Unidos sem a tradicional ansiedade pela espera”, explica Carlo Barbieri (foto), economista e Presidente do Grupo Oxford, consultoria que atua no suporte de Brasileiros investidores do EB-5 há mais de 30 anos nos EUA.

Segundo comunicado oficial da USCIS, a nova medida entrará em vigor no dia 31 de março deste ano. Em 21 de novembro do ano passado, o visto EB-5 sofreu outras alterações nos critérios, entre as principais delas, a alteração do valor do investimento que saiu de US$500 mil para US$900 mil dólares. Em áreas nobres, como Manhattan o valor passou para $1.8 milhões de dólares.

Brasileiros movimentam o EB-5

Em 2018, o Brasil foi o país americano que mais contabilizou emissões do visto EB-5. Foram mais de 300 Greencards concedidos a brasileiros que querem investir e viver nos Estados Unidos. O aumento foi de 37,5% em relação a 2017 e de 1.041,2% em comparação a 2015. Conhecido também como “Golden Visa”, o programa é voltado aos estrangeiros que tem interesse em investir nos Estados Unidos e conquistar o Green Card para se tornar um residente permanente no país. Além do investimento inicial, o candidato deve criar ou preservar pelo menos 10 empregos em tempo integral nos EUA.

“A intenção deste programa é beneficiar os trabalhadores locais, impulsionar a economia e ajudar as comunidades em dificuldades, atraindo o investimento de capital estrangeiro nos Estados Unidos. O EB-5 ainda é o caminho mais considerável para quem quer conseguir o Greencard. É muito procurado por quem quer não apenas viver nos EUA, mas investir e ter um negócio próspero”, explica Carlo Barbieri. O Oxford Group, recentemente recebeu a homenagem da U Global e EB5 Investors, como uma das 50 melhores empresas de Migração do mundo.

No ano passado, mundialmente, o Brasil ocupou a sexta posição entre países com maior número de participantes de programa EB-5 e figurou como o país com maior número de emissões no continente americano. Só em 2018, foram 388 vistos EB-5 emitidos a brasileiros — um aumento de 37,5% em relação a 2017 e de de 1.041,2% em comparação a 2015, de acordo com o Serviço de Cidadania e Imigração dos EUA — em inglês, USCIS.

“Hoje, grande parte dos brasileiros que decidem migrar vêm com planos a longo prazo, com intuito de viver e investir no país. Com mais de 40 anos de mercado, notamos que a maioria dos investidores são atraídos pela estabilidade americana. Estabilidade esta que se estende a diferentes setores, como: política, jurídica e tributária. Além da alta satisfação popular com segurança, educação e qualidade de vida”, explica Barbieri.

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