Pesquisa da MMGY Research com a US Travel Association, realizada no final de março, com 1,2 mil americanos que viajam, prevê forte impacto da pandemia de covid-19 nos planos de viagens dos entrevistados pelos próximos seis meses. A intenção de viagem doméstica atingiu índice de 39% de intenção, contra mais de 80% na enquete anterior, em fevereiro.
A pesquisa também mostrou que os viajantes a negócios se sentem mais seguros e engajados em atividades nas possíveis viagens pós-crise, apesar de a intenção (de viajar) ser menor que a dos viajantes a lazer (26%). Pode ser que no pós-crise algumas viagens a trabalho voltem antes que o lazer.
De zero a cinco, a pesquisa perguntou qual a probabilidade de os pesquisados fazerem algumas atividades nas viagens pós-crise. Ir a bar e restaurantes (3,36), ficar em hotéis (3,14), voos domésticos (3,09) e viagens de lazer domésticas (3,01) foram as que receberam notas acima de 3.
Na base dessa tabela, com notas abaixo de 2, estavam viagens em grupo (1,98), viagens de ônibus (1,94), cruzeiros (1,93) e viagens internacionais a trabalho (1,85) – os voos internacionais ficaram com 2,15.
SEGURANÇA
No topo da lista está o próprio carro do viajante (68%), o que mostra que as viagens domésticas de curta distância, por rodovias, devem ser as primeiras a retomarem a movimentação. Parques nacionais ou estaduais vêm segundo lugar com 40% (geralmente são locais sem muita aglomeração e ao ar livre). E em terceiro lugar estão as casas e condomínios de aluguel, com 25%.
Voos internacionais (10%), cruzeiros (12%), trens (13%), teatros/cinemas (13%) e convenções (13%) estão nas últimas posições da lista.
OUVIR AS REDES
A pesquisa também indica que as empresas e destinos fiquem atentos às redes sociais e estejam presentes com mensagens para cada momento dessa crise: do fique em casa ao vamos viajar. Há 57% mais menções nas redes sociais sobre viajar e tirar férias que no mesmo mês em 2019.
HAVAÍ E NOVA YORK
Levantamento no começo de abril mostra que o Havaí já é o Estado com maiores quedas no Turismo (90%), passando Nova York. As perdas em gastos de viajantes somente no mês de março foram de mais de US$ 42 bilhões.