Para os americanos viajar de carro é mais seguro

Por Artur Luiz Andrade

Pesquisa da MMGY Research com a US Travel Association, realizada no final de março, com 1,2 mil americanos que viajam, prevê forte impacto da pandemia de covid-19 nos planos de viagens dos entrevistados pelos próximos seis meses. A intenção de viagem doméstica atingiu índice de 39% de intenção, contra mais de 80% na enquete anterior, em fevereiro.

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Viajar com o próprio carro, ou alugar um, dá mais confiança aos americanos, revela pesquisa. Foto: Divulgação

A pesquisa também mostrou que os viajantes a negócios se sentem mais seguros e engajados em atividades nas possíveis viagens pós-crise, apesar de a intenção (de viajar) ser menor que a dos viajantes a lazer (26%). Pode ser que no pós-crise algumas viagens a trabalho voltem antes que o lazer.

De zero a cinco, a pesquisa perguntou qual a probabilidade de os pesquisados fazerem algumas atividades nas viagens pós-crise. Ir a bar e restaurantes (3,36), ficar em hotéis (3,14), voos domésticos (3,09) e viagens de lazer domésticas (3,01) foram as que receberam notas acima de 3.

Na base dessa tabela, com notas abaixo de 2, estavam viagens em grupo (1,98), viagens de ônibus (1,94), cruzeiros (1,93) e viagens internacionais a trabalho (1,85) – os voos internacionais ficaram com 2,15.

SEGURANÇA

E onde esses entrevistados se sentiriam mais seguros em uma viagem?

No topo da lista está o próprio carro do viajante (68%), o que mostra que as viagens domésticas de curta distância, por rodovias, devem ser as primeiras a retomarem a movimentação. Parques nacionais ou estaduais vêm segundo lugar com 40% (geralmente são locais sem muita aglomeração e ao ar livre). E em terceiro lugar estão as casas e condomínios de aluguel, com 25%.

Voos internacionais (10%), cruzeiros (12%), trens (13%), teatros/cinemas (13%) e convenções (13%) estão nas últimas posições da lista.

OUVIR AS REDES

Os mais jovens devem voltar a viajar mais cedo, mas eles se mostram os mais preocupados com sua saúde e a de seus familiares. Os menos preocupados são os de idade entre 50 e 64 anos.

A pesquisa também indica que as empresas e destinos fiquem atentos às redes sociais e estejam presentes com mensagens para cada momento dessa crise: do fique em casa ao vamos viajar. Há 57% mais menções nas redes sociais sobre viajar e tirar férias que no mesmo mês em 2019.

HAVAÍ E NOVA YORK

A economia americana deve perder, até o fim de abril, 5,9 milhões de empregos, acumulando ainda perdas de US$ 502 bilhões (impacto no PIB) e US$ 62 bilhões em impostos não recolhidos.

Levantamento no começo de abril mostra que o Havaí já é o Estado com maiores quedas no Turismo (90%), passando Nova York. As perdas em gastos de viajantes somente no mês de março foram de mais de US$ 42 bilhões.

*Fonte: Panrotas

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