Brasil freta seis voos da companhia aérea portuguesa para repatriar mais de 1.300 cidadãos

 

As autoridades brasileiras fretaram à TAP seis voos este mês de repatriamento de cidadãos que se encontram em Portugal, no valor de 1,4 milhões de euros, disse à Lusa fonte do consulado brasileiro.

O primeiro desses voos de repatriamento partiu hoje, às 11h00, do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, rumo a São Paulo.

“São seis voos. Em princípio, operaremos cinco e poderemos vir a operar um sexto, ao longo do mês de Abril”, afirmou à Lusa a primeira secretária do consulado do Brasil em Lisboa, Izabel Cury.

Segundo a diplomata, se for necessário realizar os seis voos – porque o sexto ainda não é certo que seja necessário -, esta operação de repatriamento de cidadãos nacionais custa ao Estado brasileiro 1,4 milhões de euros.

Para já, está garantida a realização de cinco destes voos. Dois deles partem hoje de Lisboa e, no sábado, sairá um do Porto. Na próxima semana, estão previstos mais dois, ambos de Lisboa: um no domingo, dia 19, e outro na quarta-feira, dia 22.

Todos os voos têm como destino São Paulo. A bordo vão, na sua maioria, viajantes brasileiros que, por causa dos cancelamentos de voos e outras restrições resultantes da pandemia da covid-19 tinham ficado retidos em Lisboa, mas também cidadãos brasileiros residentes em Portugal que se encontravam em situação de vulnerabilidade.

“A maioria dos passageiros são turistas que ficaram retidos aqui, mas há casos de pessoas que no meio deste processo [da pandemia] foram perdendo completamente as condições de ficarem em Portugal, porque perderam os seus empregos e não têm condições de pagar a renda do próximo mês e que vieram entrando em contacto com o consulado”, explicou a diplomata.

Izabel Cury esclareceu que a prioridade são os turistas, mas são tidos em conta estes casos de necessidade.

“A gente tem estabelecido como critério o seguinte: a prioridade, obviamente, são os turistas, porque é para isso que os voos foram contratados, mas também não temos interesse em descolar uma aeronave com assento vazio, quando há compatriotas precisando de voltar para casa e em necessidade”, afirmou.

Hoje, pelas 09h00, a maioria das dezenas de passageiros que se encontravam na fila de espera para entrar na porta principal das partidas do Aeroporto de Lisboa, ou estava a aguardar por uma resposta sobre um possível vaga no voo das 11h00 ou já se preparava para ver se conseguia entrar no voo de hoje à tarde.

*Fonte: PressTUR com Agência Lusa

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