A FBHA observa que, de acordo com o Ministério da Saúde, os estados e municípios podem, a partir de agora, avaliar as ações de isolamento caso a região não tenha ultrapassado 50% de ocupação dos serviços de saúde.
A medida foi publicada nesta segunda-feira (13), por meio do Boletim Epidemiológico 7, com o objetivo de promover o retorno gradual da circulação das pessoas nas cidades.
Vale destacar que, por outro lado, os locais que apresentarem coeficiente de incidência 50% superior à estimativa nacional – de casos por 100 mil habitantes – não poderão optar pela seletividade do distanciamento social até que o suprimento de equipamentos e profissionais da saúde esteja disponível para o atendimento geral da população. Essa situação já ocorre nas seguintes regiões: Distrito Federal (DF), Amazonas (AM), Ceará (CE), São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ). Apesar de não terem atingido o valor, Rio Grande do Norte (RN) e Roraima (RR) se aproximam da taxa e estão sob análise de crescimento de casos.
Visando proporcionar a volta de alguns serviços no Distrito Federal (DF), o governador Ibaneis Rocha (MDB) determinou, na última sexta-feira (10), a reabertura das lojas de móveis e eletrodomésticos. As atividades voltadas às instituições do Sistema S – Senai, Sesc, Sesi, Senac, Senar, Sescoop, Sest, Sebrae e Senat – também retornaram.
Também no início do mês de abril, as feiras permanentes puderam voltar a funcionar, entretanto, foi solicitada uma série de medidas para evitar a transmissão do vírus. Para o êxito do funcionamento destes estabelecimentos, a Gerência de Alimentos da Diretoria de Vigilância Sanitária (Divisa) instruiu os espaços a reforçarem procedimentos de higiene.
No final do mês passado, a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, do Ministério da Economia, produziu um documento voltado para os cuidados a serem tomados durante a pandemia causada pelo novo coronavírus (Covid-19). Entre as medidas, é sugerido que as empresas evitem a realização de reuniões presenciais e, além disso, forneçam equipamentos de proteção para a equipe, como luvas e máscaras, caso seja necessário.
“Vemos uma movimentação de reabertura em alguns segmentos na capital federal e também em outras regiões do Brasil. Sabemos da importância do isolamento social para o auxílio da saúde pública e defendemos essa medida para que o país se recupere o quanto antes. Aos poucos, as coisas vão se normalizar e, quando chegar este momento, teremos que reerguer a economia e os setores afetados pela pandemia”, informa Alexandre Sampaio, presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA).
Juntamente com o trade turístico, a FBHA busca minimizar os efeitos negativos gerados pelo coronavírus. O setor foi considerado um dos mais afetados pela pandemia, perdendo R$ 11,96 bilhões em volume de receitas, na segunda quinzena de março, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Para evitar um colapso econômico, a federação solicitou medidas mais assertivas do governo federal ao longo do mês de março.
Para o setor de hospedagem e alimentação, a expectativa para o retorno das atividades é grande. “Estamos antenados nas medidas adotadas na reabertura destes segmentos que foram autorizados pelos decretos até o presente momento. Queremos que os estabelecimentos tomem todas as precauções necessárias, seguindo as orientações do Ministério da Saúde, para que o atendimento, tanto em hotéis quanto em restaurantes, seja feito com toda a segurança possível”, complementa Sampaio.
Sampaio ainda pontua a necessária adequação dos estabelecimentos ligados ao trade turístico durante a crise ocasionada pelo coronavírus. Para ele, é importante haver a implementação de cuidados extras voltados à higienização e preparação dos funcionários no atendimento ao público.
Campanhas
Diferentes estados do país buscam incentivar a retomada de viagens após a pandemia do Covid-19. A iniciativa de remarcar estadias, passeios e demais propostas ligadas ao Turismo visam proporcionar a manutenção dos pacotes já adquiridos e, consequentemente, a preservação dos empregos no segmento.
A Medida Provisória 946/20 está por trás da ação para superar os impactos no trade. A MP defende que as empresas não precisarão reembolsar os consumidores em eventuais cancelamentos de pacotes turísticos e/ou em reservas em hotéis desde que haja a remarcação dos serviços cancelados. Caso não haja possibilidade de acordo com o cliente, a empresa devolverá o dinheiro.
“A pandemia é passageira. Vamos superar essa crise, mas, para isso, precisamos do apoio da população. Sabemos que é um momento delicado e, por isso, vamos fazer o que for possível para minimizar os efeitos negativos no nosso setor. Aos poucos – e com muita saúde –, colocaremos as coisas no lugar”, afirma Sampaio.
*Fonte: FBHA/Foto: Pixabay