O governo Donald Trump ameaçou ontem impedir as companhias aéreas chinesas de voar de e para os EUA a partir do próximo dia 16, argumentando que Pequim ainda não aprovou a retomada do serviço pelas companhias americanas.
A ameaça contra as empresas aéreas chinesas marca a mais recente deterioração na relação bilateral entre EUA e China, que encontra-se no seu ponto mais baixo e em mais de três décadas.
Algumas companhias aéreas americanas tentaram retomar as operações para a China neste mês, depois de suspenderem o serviço no início deste ano por causa da epidemia de covid-19.
O Departamento de Transportes dos EUA informou ontem que a Administração de Aviação Civil da China não havia aprovado os pedidos da United Airlines e da Delta Air Lines para retomar os voos para o país. Washington acusou Pequim de violar o acordo que rege as viagens aéreas entre os países.
O governo Trump disse que pode reconsiderar a ameaça se o órgão chinês ajustar sua política para permitir a retomada dos voos pelas companhias americanas.
“Nosso principal objetivo não é a perpetuação dessa situação, mas uma melhora no ambiente, no qual as companhias de ambas as partes poderão exercer plenamente seus direitos bilaterais”, disse o Departamento de Transportes dos EUA. “Se a agência chinesa ajustar sua política para trazer a necessária melhoria da situação para as empresas americanas, o Departamento estará totalmente preparado para revisar a ação que anunciou nesta ordem.”
Essa ordem afeta apenas as companhias aéreas chinesas do continente, e não as de Hong Kong. As empresas do continente mantiveram os voos entre os EUA e a China – mesmo depois que as americanas pararam de voar em fevereiro e março – embora em níveis reduzidos. Quatro companhias chinesas (Air China, China Southern Airlines, Xiamen Airlines e China Eastern Airlines) mantêm voos regulares entre os dois países, segundo o Departamento de Transportes dos EUA. *Fonte: Diário do Turismo com informações de agências internacionais; Avião da Air China, foto: divulgação.