Por Lício Ferreira
O turismo em Salvador está vivendo a sua maior crise nos últimos 50 anos. A revelação é do presidente da Federação Baiana de Hospedagem e Alimentação (FeBHA) Sylvio Pessoa que complementa: “São mais de 400 hotéis e 6 mil bares e restaurantes vivendo numa difícil situação e muitos não terão fôlego para voltar a operar quando da retomada dos negócios. Entre 40% a 50% deles terão o mesmo destino, vez que as linhas de crédito estão dificílimas, com muito protocolos sendo exigidos pelos bancos”.
Esse depoimento do presidente da FeBHA tem como lastro o relatório de “Diária Média e Ocupação”, do mês de maio de 2020 dos 25 maiores hotéis de Salvador, os quais fecharam com ocupação de 3,05% sendo inferior 48,80 pontos percentuais ao mesmo período do ano anterior. “Destes, apenas 6 hotéis continuam em operação fechando ocupação média de 12,70% no mês citado” discorre Sylvio Pessoa.
Segundo a liderança do setor esta é a maior crise que o turismo enfrenta nos últimos 50 anos. “São mais de 400 hotéis e 6.000 Bares e Restaurantes em Salvador, muitos dos quais não voltarão a operação. Calculamos entre 5% a 10% dos meios de hospedagem não tenham folego para voltar a operar e, entre 40% a 50% dos Bares e Restaurantes, muitos terão o mesmo destino, pois as linhas de crédito estão dificílimas com muitos protocolos bancários”, explica.
Ele também reconhece que infelizmente o setor será entre os últimos a voltar a normalidade. “A grande maioria espera voltar com 20% da capacidade a partir de 01 de julho. Mas, dependemos muito de malha aérea, pois somos um país continental. Nossa aposta é no turismo doméstico. Para isto teremos que ter rígidos protocolos de segurança e convencer o público final de que estamos aptos para o bem receber”, comenta
ELOGIOS E CRÍTICAS
Da mesma maneira em que relata os tristes tempos que vive o setor de turismo, o presidente da Federação Baiana de Hospedagem e Alimentação (FeBHA) Sylvio Pessoa dispara elogios e críticas aos governantes do município e do Estado. “A Prefeitura de Salvador tem que fazer o planejamento da retomada do setor com muita mídia institucional digital, lembrando os brasileiros do destino fantástico que somos, mas o tempo de recuperação é o nosso inimigo”, lamenta. “Já do Governo do Estado estamos órfãos há muito tempo e fomos relegados a segundo plano, apesar de representarmos 7,5% do Produto Interno Bruto (PIB) e sermos os maiores empregadores do país depois do Agronegócio”, valoriza.
GUIA DIGITAL
Sylvio Pessoa relembrou que a sua entidade (FeBHA) está disponibilizando um guia digital “com todos os protocolos de segurança pós-Covid 19 para ser utilizado pelos hotéis, bares e restaurantes tão logo a retomada seja anunciada pelas autoridades locais. “Utilizamos as mais modernas referências mundiais para construção desse material e vale ressaltar que devemos seguir também às orientações municipais, estaduais e federais”, esclareceu.
O trabalho em conjunto com a Confederação Nacional do Turismo (CNTur) traz a assinatura do presidente executivo, Wilson Luís Pinto que garante: “As sugestões descritas permitem a volta dos negócios do turismo e, principalmente, a volta dos clientes e hóspedes aos estabelecimentos sem quaisquer riscos. Nosso compromisso é manter o ‘e-book’ atualizado sempre que houver mudanças ou novas regras por parte dos governos ou entidades de saúde e segurança”.
O material de orientação serve para as entidades civis, sindicais e empresários utilizarem nas ações corretas de retomada da atividade econômica.
“Trata-se de um conjunto de protocolos higiênico-sanitários com a contribuição de especialistas, tanto de saúde pública como do trade turístico, além de fontes governamentais com vistas a proteger clientes, trabalhadores e empresários de forma a transmitir confiança ao consumidor, para voltar a frequentar os estabelecimentos”, finaliza Sylvio Pessoa. *Fonte: Tribuna da Bahia.
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