Trade turístico baiano cobra ações do poder público para setor retomar atividades

 

Por Yuri Abreu

Nesta semana, a companhia aérea Gol anunciou, que a partir do dia primeiro de julho, vai passar a ofertar 11 novos voos domésticos partindo de Salvador, acrescentando seis novos destinos à lista dos quais ela vinha operando até o mês anterior. Entre as rotas que vão partir do aeroporto internacional da capital baiana, daqui a pouco mais de 10 dias, estão as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, Fortaleza, João Pessoa, Natal e Vitória/ES. Dentro do estado, haverá uma ligação com a cidade de Vitória da Conquista, na região sudoeste.

Entre as rotas que vão partir do aeroporto internacional da capital baiana estão as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, Fortaleza, João Pessoa, Natal e Vitória/ES. Foto: Romildo de Jesus/Tribuna da Bahia

 

Porém, para o trade turístico, a medida ainda é insuficiente, já que os poderes públicos pouco vêm fazendo para incentivar o segmento, principalmente quanto à abertura de espaços como bares e restaurantes. Conforme os agentes, de 5% a 10% dos restaurantes e de 40% a 50% dos bares não devem retomar as atividades após a pandemia.

“Isso corresponde a 20% da normalidade que está sendo retomada agora. Mas, para um turista vir para a cidade, ele precisa saber que ele vai ter passeios, praias e restaurantes pra ir e as datas as quais será realizada essa abertura. Já estamos em 90 dias do fechamento total e nenhum turista viaja para qualquer destino para ficar trancado em um quarto de hotel”, afirmou Sílvio Pessoa, presidente da Federação Baiana de Hospedagem e Alimentação (FeBHA).

Segundo o dirigente, é preciso que o Governo do Estado e a Prefeitura de Salvador informem os respectivos protocolos de segurança de retorno às atividades, assim com a data de início das operações o quanto antes. Ele lembrou capitais brasileiras em que a situação da Covid-19 está pior do que em Salvador, a exemplo de Fortaleza, Recife e Manaus, mas que já estão retomando alguns segmentos da economia.

“Esse negócio de não voltar a normalidade, com medo de os adversários políticos utilizarem isso em uma campanha eleitoral municipal, não pode ser levada em consideração. Há três semanas os números estão estáticos e não crescem. Alguns infectologistas dizem que o pico foi há um mês atrás”, disse Pessoa, contestando que as decisões do governador Rui Costa e do prefeito ACM Neto são tomadas apenas observando a questão sanitária.

Na manhã da última sexta-feira (19), inclusive, o gestor municipal disse que não vai ceder a pressões para flexibilizar o isolamento social e abrir mais setores do comércio, enquanto as taxas de ocupação dos leitos de UTI não estiverem abaixo dos 70%. Nesta semana, grupos representando o segmento lojista e de salões de beleza fizeram manifestações na capital pedido o retorno às atividades.

PROTOCOLO

No início do mês, a Federação divulgou um protocolo para orientar e informar sobre as ações que os empresários e colaboradores devem seguir na retomada, com segurança para empresas e clientes. No caso dos meios de hospedagem, como hotéis, algumas das medidas envolvem: uso de máscaras para hóspedes nas dependências das unidades hoteleiras, assim como pelos colaboradores; Utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) pelas camareiras e a realização da limpeza e desinfecção completa do apartamento e superfícies com produtos de higiene específicos.

Já para os bares e restaurantes, deverão ser feitas, entre outras medidas: o monitoramento da temperatura dos clientes e colaboradores na entrada dos estabelecimentos, impedindo a entrada dos que apresentarem temperatura acima dos 37,5ºC; aumentar o espaçamento entre as mesas, com separação mínima de 2 metros entre elas e a redução em até 50% da capacidade máxima dos salões; e a disponibilização de álcool em gel para os clientes na entrada e em pontos estratégicos do estabelecimento.

“Vale lembrar que o empregado, com a garantia de sustento, é muito mais saudável, pois garante o alimento da família e não fica tão estressado. É claro que a gente respeita os protocolos de segurança, não se pode fazer tudo de qualquer forma, mas todo mundo está voltando à normalidade. E os que saem na frente na retomada, estão em vantagem”, afirmou o presidente da FeBHA, ressaltando que a capital baiana já poderia também adotar este processo. “Estamos perdendo o timing do relançamento, mas os impostos continuam a chegar”, salientou. *Fonte: Tribuna da Bahia.

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