Circo Picolino de Salvador abre vagas para oficinas virtuais

Para driblar as barreiras da pandemia, levar a alegria, arte e a cultura circense para outras pessoas, o Circo Picolino abriu vagas para oficinas virtuais. Em razão do enfrentamento ao novo coronavírus, as oficinas, que antes aconteciam de forma presencial, agora serão virtuais. A iniciativa faz parte da segunda fase de um projeto cultural voltado para o circo, contemplado pelo edital Espaços Culturais Boca de Brasa, da Fundação Gregório de Mattos (FGM).
Foto de 2005 mostra o colorido circo instalado na orla marítima da capital baiana. Crédito: divulgação
As inscrições são gratuitas e seguem até o dia 9 de setembro. As aulas serão iniciadas no dia 12 de setembro, a partir das 11h. Foi desenvolvido um cronograma de atividades para crianças e adultos, que deve acontecer em uma série de 12 sábados seguidos.
Serão disponibilizadas aulas de acrobacia em família, como forma de incentivo aos treinos regulares em casa. Poderão participar adultos e crianças (a partir de quatro anos), que não estejam sob condição de saúde ou orientação médica que não recomende a prática destas atividades. Os interessados deverão se inscrever preenchendo um formulário disponível no link forms.gle/5VQe7162ofJiCvBJA .
Contemplado em 2019, o projeto apresentado pelo Circo Picolino prevê um ano de atividades que envolvem artes integradas, espetáculos circenses, musicais, teatrais que ocupam o espaço de palcos abertos oferecidos pelos pontos de cultura, contemplados pelo Boca de Brasa.
Para a integrante do grupo gestor do Circo Picolino, Nina Porto, as oficinas virtuais serão importantes para levar alegria, incentivar a realização de atividades físicas e dar continuidade ao trabalho social realizado pelo grupo. “No circo trabalhamos todos os princípios básicos da saúde. O equilíbrio, a concentração, a força, o humor, a dramaturgia e toda produção em equipe. É um lugar de muita gente, é trabalho realizado com muitos corações batendo ritmados a favor da transformação não só do corpo, mas da alma também. Passar essa energia para quem está em casa, através das aulas virtuais, vai ser muito importante”.
Histórico
Criado em 1985 por Anselmo Serrat e Verônica Tamaoki, o Circo Picolino abriga a Escola Picolino de Artes do Circo, a primeira  de artes circenses do Nordeste e a terceira do gênero no Brasil. Além disso, é um ponto de referência para artistas, produtores, pesquisadores e interessados por todo o mundo, sendo objeto de estudo de diversas pesquisas acadêmicas, principalmente no que se refere a seu trabalho social com crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social.
Boca de Brasa
O projeto Boca de Brasa é uma iniciativa da Prefeitura, através da FGM, órgão vinculado à Secretaria de Cultura e Turismo (Secult). Criado em 1986, o projeto, retomado em 2013 em um novo formato, visa fomentar a cultura na periferia, com foco na promoção da cidadania, por meio do incentivo às manifestações artísticas dos bairros da capital baiana.
Atualmente, a cidade conta com três unidades do Boca de Brasa mantidos pela Prefeitura: o do Subúrbio 360 (Vista Alegre), do CEU de Valéria (Lagoa da Paixão) e do Centro (Barroquinha). O espaço Boca de Brasa Cajazeiras (Cajazeiras X) deve ser inaugurado na próxima semana.
Além disso, o Boca de Brasa também dá nome ao edital que seleciona espaços culturais já atuantes na cidade, com auxílio financeiro para aprimoramento, dinamização, ampliação ou a sustentabilidade das atividades que desenvolvem.

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