Aeroportos projetam cerca de 60% de quebra de passageiros e receitas em 2020

 

 

A pandemia de covid-19 vai causar aos aeroportos mundiais quebras de 5,6 mil milhões de passageiros e 104,5 mil milhões de dólares (88 mil milhões de euros ao câmbio de hoje) de receitas, prevê o Airports Council International (ACI) mundial, que representa 668 empresas que operam 1.979 aeroportos em 176 países.

A informação do ACI indica que a previsão mais recente é uma quebra de passageiros em 59,6% em relação ao que tinha projetado para este ano e 58,4% em relação a 2019.

Em receitas, acrescenta, a nova previsão é uma quebra em 60% em relação ao projetado para este ano, especificando que no primeiro e segundo trimestres ocorreram quebras em relação às projeções para este ano em 10,3 mil milhões e em 39,5 mil milhões de dólares, respectivamente, e que as previsões para o terceiro e quarto  trimestres são quebras em 33,4 mil milhões e em 21,1 mil milhões.

Além de perdas astronômicas este ano, o ACI realça a imprevisibilidade com que a aviação se defronta e sobre a qual aponta como exemplo que a previsão de queda do tráfego em Dezembro vai de 27% a 60% em relação ao que estava projetado, acrescentando que o cenário mais provável é uma quebra em 56%.

O ACI diz na mesma informação sobre o impacto da pandemia de covid-19 que não se prevê uma recuperação dos níveis de tráfego verificados em 2019 antes de 2023 ou 2024, no caso dos mercados com grande ‘peso’ de tráfego internacional (que é o caso de Portugal).

O diretor-geral do ACI, Luis Felipe de Oliveira, em comentários divulgados pela organização, destacou que o impacto da pandemia na aviação não se cinge à economia do sector, porque estudos de 2018 do Air Transport Action Group indicavam que a aviação suporta 65,5 milhões de empregos a nível mundial e viabiliza 2,7 biliões de dólares do produto bruto global.

Luis Felipe de Oliveira comenta também que para a recuperação da aviação “é crucial” que os passageiros tenham confiança “no foco da indústria na sua saúde e bem estar”.

O ACI anunciou também que tem apelado para os governos seguirem protocolos robustos de testagem a serem implementados quando necessário e em alternativa às quarentenas.

O ACI defende, aliás, que as quarentenas são prejudiciais para a confiança dos passageiros e reclama medidas harmonizadas baseadas na avaliação de risco com dados científicos.

*Fonte: PressTur/PT; Foto: Foto: Tomaz Silva.

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