Chapada Diamantina: Vale do Capão protesta contra entrada de turistas na região

Em reunião com representantes do Conselho Gestor do Vale do Capão (CGVC), moradores do Vale do Capão, na Chapada Diamantina, se posicionaram contra à decisão municipal de liberar a entrada de turistas na região já a partir do mês de outubro sem um planejamento prévio. Nesta quarta-feira (30), às 10 horas, membros do CGVC se reúnem com o prefeito Ricardo Guimarães (PSD), na Câmara Municipal de Palmeiras, para apresentar uma proposta de retorno gradativo do turismo, a partir de novembro, mediante condicionantes como a implantação de protocolos de segurança sanitária.

A prefeitura anunciou o retorno da atividade turística já em outubro, mas, de acordo com o Conselho Gestor do Vale do Capão, não foi tomada qualquer medida necessária para proteção da população local e dos próprios turistas, deixando todos apreensivos frente às ameaças da Covid-19. O grupo, formado por representantes do comércio, turismo e cultura, defende o retorno gradativo a partir de novembro, conforme algumas condicionantes.

Município anunciou retorno das atividades turísticas em outubro, mas moradores denunciam que nenhuma medida de proteção para habitantes e visitantes foi providenciada. Foto: divulgação/arquivo PTT. 

Na sessão de quarta, a expectativa do CGCV é conseguir a flexibilização do poder público em relação à data de reabertura, mas ainda preocupa em relação ao cumprimento das reivindicações, principalmente em relação à implantação da barreira na estrada Palmeira-Capão, na localidade Pau Ferro. Segundo o conselho, sem a barreira, não será possível fazer com que o processo ocorra de forma correta.

Reivindicações

O CGVC solicita implantação de barreira restritiva no começo da estrada Palmeiras-Capão; criação de plano de fiscalização com avaliação de estabelecimentos comerciais aptos para abrir; estratégia de monitoramento de casos suspeitos; e testagem periódica e aleatória de pessoas da comunidade, além de monitoramento de atrativos turísticos. O grupo pede, ainda, conclusão do banheiro público e instalação de três lavatórios para mãos na vila, melhoria na estratégia de coleta de lixo da vila e reestruturação da feira, com demarcação dos locais das barracas e ordenamento dos feirantes.

O grupo negocia a proposta de reabertura de 30% da capacidade a partir de 5 de novembro. Para o próximo mês, a proposta é de permissão de entrada para moradores e parentes de primeiro grau, mediante comprovante de residência. A preocupação do CGVC é o poder público, no próximo dia 16, já colocar uma abertura total, uma vez que o prefeito pode perder o mandato e tomar medida extrema.

*Fonte: A Tarde, com informações do Bahia.Ba

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