A TAP realizou terça-feira, 6 de Setembro, o primeiro voo para Caracas desde que, em Fevereiro, foi impedida pelo Governo venezuelano de operar para a Venezuela, tendo repatriado 241 portugueses retidos no país devido à pandemia de covid-19.
O voo TP-9359, organizado pelo consulado de Portugal em Caracas em conjunto com agências de viagens locais, partiu do aeroporto internacional Simón Bolívar de Maiquetía, pelas 18h38 horas de terça-feira (23h38 horas em Lisboa), levando ainda 55 pessoas de outros países europeus.
Licínio Bingre do Amaral, cônsul-geral de Portugal em Caracas afirmou que neste voo “vão 296 pessoas, 241 das quais portuguesas. Cerca de 190 vão para a Madeira”, além de pessoas de outras nacionalidades.
Bingre do Amaral destacou que desde que foi decretada a suspensão da TAP, em Fevereiro deste ano, há cerca de oito meses, este “é o primeiro voo” que a companhia aérea portuguesa realiza para Venezuela.
“Fez-se um grande esforço e uma coisa que é extremamente importante, é um avião da própria TAP”, enfatizou o diplomata, lembrando que nos últimos anos a ligação entre Lisboa e Caracas era assegurada pela transportadora, mas através de um avião fretado.
“Desde há três anos que não vinha nenhum avião da TAP para Caracas e isso é um sinal extremamente positivo para a comunidade portuguesa. Já temos informações claras de que a TAP vai passar a assegurar esta rota com aviões da TAP”, acrescentou.
“No total, com este voo, há cerca de 800 portugueses que já foram repatriados, nos voos portugueses e nos voos organizados por Espanha”, frisou Bingre do Amaral.
Este foi o terceiro voo de repatriamento organizado por Portugal, os dois anteriores foram realizados pela HiFly a 13 de Junho e 30 de Agosto.
Em 17 de Fevereiro, o Governo venezuelano anunciou a suspensão por 90 dias das operações no país da companhia aérea portuguesa TAP, “por razões de segurança”, após acusações de transporte de explosivos num voo oriundo de Lisboa.
As autoridades venezuelanas consideram que a TAP, nesse voo entre Lisboa e Caracas, violou normas de segurança internacionais, permitindo explosivos, e também ocultou a identidade do autoproclamado Presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, na lista de passageiros.
O Governo português pediu um inquérito para averiguar a veracidade das acusações que envolviam a transportadora aérea portuguesa, dizendo não ter qualquer indício de irregularidades no voo.
Na Venezuela estão confirmados 79.117 casos de pacientes com a covid-19. Estão ainda confirmadas 658 mortes associadas ao novo coronavírus e 69.832 pessoas recuperaram da doença.
*Fonte: PressTUR com Agência Lusa