Por Felipe Lima
A Organização Mundial do Turismo (OMT) lançou, no Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, o Guia de Recuperação Inclusiva da OMT – Impactos Socioculturais do Covid-19: Edição I Pessoas com Deficiência. O material baseia-se na experiência do Departamento de Cultura de Ética e Responsabilidade Social da OMT e seus parceiros.
A publicação deixa claro que as pessoas com deficiência e idosos encontram barreiras que os impedem de desfrutar plenamente das experiências de turismo, ainda mais durante a pandemia. Com o reaquecimento da atividade, a organização descreve os passos que governos, destinos e empresas devem tomar para retomar melhor, se tornando mais inclusivos e competitivos.

“Os ambientes e serviços turísticos são freqüentemente projetados sem levar em consideração os diferentes requisitos de acesso que os visitantes e moradores podem ter. O setor de turismo deve priorizar a acessibilidade. Isso pode ser uma virada de jogo real para destinos e empresas, ajudando-os a se recuperar da crise e crescer de forma mais inclusiva e resiliente”, afirma Zurab Pololikashvili, secretário geral da OMT.
A publicação também observa que, em 2050, uma em cada seis pessoas em todo o mundo terá 65 anos ou mais, aumentando para uma em cada quatro na Europa e na América do Norte. Além disso, dados mostram que o gasto médio dos turistas com deficiência na Espanha, por exemplo, é superior a 800 euros, 34% a mais do que é deixado pelos visitantes sem deficiência.
O material destaca seis área principais de ação na defesa da acessibilidade turística. São elas:
- Assistência em caso de crise: Inclui a acessibilidade durante todas as fases do repatriamento, o que requer o apoio dos destinos e das organizações de pessoas com deficiência (DPOs)
- Adaptação de protocolos: Siga as orientações da OMT sobre a adaptação de protocolos gerais de saúde e segurança, considerando que os clientes podem ter diferentes habilidades e requisitos
- Inclusão no turismo pós-pandemia: Incluindo o uso eficaz de dados para orientar as decisões sobre o planejamento do turismo acessível e ajustando as políticas e estratégias de acessibilidade para refletir as realidades pós-COVID
- Acessibilidade no planejamento de negócios: Tratar a acessibilidade como uma vantagem competitiva, melhorando o atendimento ao cliente e a aplicação de padrões internacionais harmonizados para melhorar a qualidade de vida de todos
- Formação e inclusão de pessoal: alargar a formação profissional para melhor atender turistas com diferentes aptidões e garantir a igualdade de oportunidades na força de trabalho do turismo
- Inovação e transformação digital: adotando a inovação para tornar as viagens e o turismo mais seguros, inteligentes e fáceis para todos
A publicação é a primeira de uma série planejada de temas do Departamento de Ética, Cultura e Responsabilidade Social da OMT, que visa servir de bússola para o setor. A organização e os parceiros estão pedindo aos administradores, destinos e empresas que incorporem a acessibilidade e compartilhem por meio do questionário “Campeões do Turismo Acessível”, também lançado recentemente.
*Fonte: Brasilturis