Companhia aérea alemã está otimista com o futuro das viagens internacionais

Por Karin Salomão

A Lufthansa olha para o futuro das viagens internacionais com bons olhos. A companhia aérea  alemã está ampliando a oferta de voos entre o Brasil e a Europa e acredita que, com a distribuição da vacina pelo mundo, a retomada já dá seus primeiros sinais.

Hoje a Lufthansa já está com voos diários entre São Paulo e Frankfurt – eram cinco por semana até o mês passado – e cinco voos semanais entre o Rio de Janeiro e a cidade alemã – no lugar de três.

A companhia aérea alemã já está com voos diários entre São Paulo e Frankfurt e acredita que, com a distribuição da vacina, a retomada deve ser mais forte.

 

“Investimos no mercado brasileiro ao colocar voos diários. Apesar dos números muito tristes de casos de coronavírus, a vacina é uma realidade em alguns países e esperamos uma melhora na situação”, diz Annette Taeuber, diretora de vendas do Lufthansa Group no Brasil.

Antes da crise, a empresa mantinha 26 voos semanais entre o Brasil e a Europa. Em dezembro, são 12 rotas. A empresa diz que as vendas e a demanda já se recuperaram em cerca de 50% em relação ao ano passado – acima da média do mercado, que está em 38%.

Os voos durante a crise

Se no final de 2019 o sentimento era o mais otimista possível para a operação da Lufthansa no Brasil, o início deste ano trouxe um dos piores cenários possíveis para companhias aéreas em todo o mundo. “Quem me dera 2019 não tivesse terminado. Em dezembro estávamos muito otimistas com a empresa, a demanda havia superado expectativas e havíamos acabado de abrir um novo escritório no Brasil”, diz Tom Maes, diretor sênior de vendas para América do Sul do Lufthansa Group.

Nos piores meses da pandemia, a Lufthansa chegou a operar apenas com 5% de sua capacidade original. Se em abril de 2019 os voos da Lufthansa conectavam os brasileiros a 1780 cidades no mundo, um ano depois eram apenas 680 conexões.

Apesar da redução abrupta, a empresa alemã afirma que as operações mantidas foram relevantes. A aérea fez 440 voos especialmente para repatriar pessoas que, no início da pandemia, estavam longe de suas casas.

Mesmo com as fronteiras fechadas, era permitido que emigrantes brasileiros viessem ao país para visitar familiares, o que também manteve as operações da companhia aérea. De abril a julho, a Lufthansa chegou a transportar 20% de todos os passageiros em voos internacionais, segundo dados da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).

“A Lufthansa não parou de voar. Continuou sendo uma ponte dos brasileiros para a Europa, não só conectando pessoas mas também fornecendo equipamentos de segurança essenciais”, diz Maes.

*Fonte: Exame; Foto: divulgação/Arquivo TURISMO TOTAL

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