O Turismo Centro Portugal assinou um protocolo de cooperação com 20 municípios da região, com o objetivo de acelerar a certificação e dinamização do Caminho Português de Santiago, nos seus itinerários Caminho Central e Via Portugal Nascente. Estes dois percursos atravessam o território do Centro de Portugal, ao longo de 210 e 199 quilómetros, respetivamente.
No Centro de Artes de Águeda foi assinado o protocolo com os 12 municípios da região Centro atravessados pelo Caminho Central, que são, de sul para norte: Vila Nova da Barquinha, Tomar, Ferreira do Zêzere, Alvaiázere, Ansião, Penela, Condeixa-a-Nova, Coimbra, Mealhada, Anadia, Águeda e Albergaria-a-Velha. O Caminho Central segue depois para norte, até terminar em Santiago de Compostela.
Na Casa das Artes e da Cultura do Tejo, em Vila Velha de Ródão, o protocolo foi assinado pelas oito edilidades da região por onde passa a Via Portugal Nascente. De sul para norte: Vila Velha de Ródão, Castelo Branco, Fundão, Covilhã, Belmonte, Guarda, Celorico da Beira e Trancoso. Em Trancoso, esta rota de peregrinação entronca no caminho de Torres, que procede de Salamanca e termina, naturalmente, na Galiza.
Pedro Machado, presidente do Turismo Centro de Portugal, realçou a importância e o potencial de atratividade turística do Caminho Português de Santiago.
“O Caminho Português de Santiago representa uma fatia importante do número de peregrinos que se deslocam a Santiago de Compostela, tendo sido o segundo mais usado no último Jubileu. Entre 2011 e 2019, duplicou o número de peregrinos que fazem o Caminho Central, que passaram de 183 mil para cerca de 350 mil”, salientou Pedro Machado, recordando que “este é um caminho para todos”, uma vez que “40% das pessoas que fazem o Caminho de Santiago têm motivação religiosa e 49% têm motivação cultural ou outra”. Quase todos percorrem o trajeto a pé (327 mil em 2019), mas há quem o faça de bicicleta (19 mil), a cavalo ou até em cadeira de rodas.
“Estes Caminhos têm duas vias, ascendente e descendente. É nossa ambição que, a longo prazo, os peregrinos façam o percurso inverso, descendo até ao Centro de Portugal, o que permitirá reforçar, ainda mais, as estreitas ligações entre esta região e o mercado turístico espanhol”, acrescentou. *Fonte: Publituris/PT