Carnaval de Salvador, maior festa de rua do mundo, pode não acontecer em 2021

Por Yuri Abreu

Maior festa de rua do mundo, o Carnaval de Salvador foi oficialmente cancelado pelo ex-prefeito ACM Neto em dezembro do ano passado. O motivo foi a pandemia de Covid-19, uma vez que não haveria tempo hábil para uma vacinação em massa até o período compreendido entre 11 e 16 de fevereiro, data original da folia de Momo na capital baiana.

De lá pra cá, a vacinação começou, mas entre os grupos prioritários, no início desta semana. Por outro lado, a especulação sobre uma nova data da festa já tinha sido iniciada bem antes com a ideia mais forte sendo a de um evento conjunto, no mês de julho, após comum acordo entre os prefeitos das principais cidades do país que tem festas com grandes públicos, além de Salvador: Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Recife.

Porém, diante do crescimento do número de casos e mortes, além da elevação das taxas de ocupação dos leitos de UTI na capital fluminense, o atual prefeito da cidade, Eduardo Paes, já sinalizou que, pelo menos por lá, não terá festa esse ano. A alegação é a de que, além da segunda onda da pandemia, não haveria tempo hábil para as escolas de samba, principais atrações do Carnaval carioca, se planejarem e realizarem o desfile.

Aqui em Salvador, o tema voltou a ser assunto em coletiva de imprensa na sexta-feira, 22, quando o prefeito Bruno Reis afirmou que ainda era cedo para falar sobre a realização do Carnaval de Salvador no mês de julho. Porém, ele comentou que a tendência, diante do panorama da vacinação na Bahia e no país, era a de que o evento não fosse realizado no período, talvez no mês de outubro ou que, simplesmente, não fosse realizado em 2021.

“Eu prefiro ser mais conservador nesse sentido. Digo que o Carnaval só poderá ocorrer após a imunização em massa, dos 3 milhões de habitantes de Salvador. Porém, diante do cronograma de vacinação que está colocado, não será fácil realizar isso. A tendência é a de não ter o Carnaval. Prefiro aguardar o desenrolar dos fatos, com o governo federal definindo as vacinas que serão distribuídas à população”, disse Bruno.

“Pode ser que o Carnaval ocorra em outubro, mas também pode ser que não aconteça esse ano. Só vamos fazer a festa no momento que for possível fazer. Para ocorrer em julho, teria que alcançar uma meta a qual considero difícil. Ainda assim, vou procurar os prefeitos de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte para conversar. Pode ser que o Brasil receba as 440 milhões de doses necessárias para imunizar a todos. Mas, sem ter cronograma, não dá para falar em Carnaval”, acrescentou o prefeito.

*Fonte: Tribuna da Bahia; Foto: divulgação; Arquivo TURISMO TOTAL

Compartilhe         

Deixe seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *