O Manifesto Europeu de Turismo, que reúne mais de 60 organizações de turismo europeias, públicas e privadas, defende a criação de um grupo de trabalho liderado pela Comissão Europeia para preparar a retoma das viagens a tempo do Verão.
“Não há tempo a perder – os preparativos para uma abordagem comum devem começar agora, a fim de restaurar a confiança do público até o Verão”, alerta o Manifesto Europeu, que a portuguesa APAVT integra, através da ECTAA.
A primeira recomendação do Manifesto é a criação de um grupo de trabalho liderado pela Comissão Europeia com a missão de restaurar a liberdade de circulação e implementar um plano de retoma das viagens e um plano de recuperação.
Esse grupo de trabalho terá a seu cargo avaliações contínuas da situação com base no risco e nos dados científicos mais recentes relacionados com a covid-19.
O objetivo seria identificar as condições e cenários sob os quais as atuais restrições às viagens internacionais poderiam ser aliviadas e, em última instância, levantadas em toda a Europa e além do território europeu.
O Manifesto considera que “uma coordenação europeia melhorada e eficaz das restrições e requisitos de viagens é urgentemente necessária para facilitar o reinício das viagens e do turismo (9,5% do PIB da UE) e oferecer previsibilidade aos viajantes, bem como às empresas de viagens e turismo e aos seus trabalhadores”.
Sobre os testes à covid-19, as organizações defendem “uma estrutura harmonizada da UE”, que permita aos Estados-Membros assegurar testes a preços acessíveis, capacidade suficiente e reconhecimento mútuo dos testes entre países.
O Manifesto defende “a validação do uso do antigênio e outros testes rápidos para viagens e turismo”, assim como “a avaliação regular dos testes aceites conforme a eficácia desses testes melhorar (LAMP2 por exemplo)”.
As organizações consideram urgente a coordenação da UE sobre os certificados de saúde electrónicos “para evitar ter 27 certificados diferentes sobre testes, vacinação e/ou imunidade”. Para isso, o Manifesto propõe que “a DG SANTE deve assumir a liderança e trabalhar com a DG MOVE e a DG GROW num sistema europeu interoperável que permita uma verificação rápida e digital da vacinação dos viajantes e/ou do estado dos testes”.
O Manifesto Europeu de Turismo defende que a vacinação e os certificados de vacinação “não devem ser obrigatórios para viajar (uma vez que a vacinação esteja mais amplamente disponível), mas os viajantes vacinados ou aqueles com imunidade comprovada devem ser isentos de proibições de entrada, testes e restrições de quarentena”.
As organizações consideram ainda que, assim que a situação de saúde o permita, “é crucial retomar as atividades turísticas e de lazer a par do restabelecimento da liberdade de circulação dos cidadãos da UE”.
*Fonte: PressTur/PT