Projeto em Salvador promove encontro virtual entre artistas negros e indígenas

O projeto Futurismos Ladino Amefricanas, que busca promover um encontro e uma troca entre artistas negros, negras e indígenas, terá uma programação diversificada esta semana com o lançamento de uma revista e a realização de duas lives nesta quarta (24) e quinta-feira (25). A revista Nzila Apó, união de um nome africano e outro indígena, cujo significado é Caminhos e Raízes, será lançada na quarta-feira (24). O material poderá ser acessado por meio de um link na bio do Instagram @ futurismos_la.

O projeto é um dos contemplados pelo Prêmio Anselmo Serrat de Linguagens Artísticas, da Fundação Gregório de Mattos (FGM) de Salvador por meio da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc. O título do projeto se respalda em Amefricanidade, um conceito criado pela escritora negra e feminista Lélia Gonzalez que busca recuperar as histórias de resistência e de luta de povos colonizados.

Também na quarta, às 20h, o público vai poder assistir a live Trançados e Raízes para a Construção de um Futurismo Brasileiro, com os autores Diego Alcântara, Xan Marçal, Laura Franco e Luiz Guimarães, além das editoras e curadoras Mari Paim e Sanara Rocha (Foto). O link para acesso à live estará disponível no perfil do projeto no Instagram e também no canal Futurismos_la, no YouTube.

No dia seguinte, as editoras Mari Paim e Sanara Rocha terão um bate-papo com Márcia Kambeba, indígena pertencente ao povo Omágua/Kambeba do Amapá. O objetivo é trazer um pouco da experiência de Márcia Kambeba, multiartista com reconhecimento internacional e vice-presidente da associação dos povos indígenas de Belém, além de discutir um pouco sobre o país que está por ser construído. O tema da live é Nos Passos de Waimí – Um Diálogo com Márcia Kambeba.

Demais atrações

No perfil @ futurismos_la já está disponível um ensaio fotográfico publicado no dia 17 de fevereiro como parte do projeto. As últimas ações da iniciativa serão a publicação de um videoclipe, no dia 10 de abril, e a estreia da videoperformance A Mulher sem Cabeça, no dia 20 de abril.

“Estou muito feliz. Não tenho palavras para dizer a dimensão do que estou sentindo na concretização desse projeto. É um trabalho sonhado, fruto e reflexo de meus percursos enquanto artista, das pessoas com quem eu troquei e com quem eu aprendi. Eu quis construir um produto que desse conta não só de promover a minha produção artística, mas que pudesse aglutinar mais pessoas e somar as nossas vozes”, conta a curadora e editora Sanara Rocha.

*Foto: divulgação

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