A Organização Mundial da Saúde (OMS), estimou esta quinta-feira (1 de abril) que poderão ser necessárias novas restrições na Europa, dado o aumento do número de casos, ao avanço da variante britânica e ao incremento da mobilidade na semana da Páscoa no Velho Continente.
“A situação na região é agora mais preocupante do que vimos em vários meses”, admitiu a diretora regional da OMS para Emergências na Europa, Dorit Nitzan.
“Muitos países estão a introduzir novas medidas (de combate à pandemia) que são necessárias e todos devem segui-las tanto quanto possível”, acrescentando Nitzan que, além disso, existem “riscos associados” ao “aumento da mobilidade” e às reuniões nestes feriados da Páscoa.
Além das preocupações com o possível alastramento de casos de SARS-CoV-2, o braço europeu da organização das Nações Unidas criticou ainda a lentidão “inaceitável” da vacinação contra a COVID-19 na Europa, que enfrenta a “mais preocupante” situação epidémica em “meses”. “O ritmo lento da vacinação prolonga a pandemia”, a OMS europeia, sublinhando que o número de novos casos na Europa aumentou fortemente nas últimas cinco semanas.
De acordo com dados da OMS, na semana passada foram registados 1,6 milhão de novos casos e quase 24 mil mortes no continente, em comparação com menos de um milhão de há cinco semanas.
Um total de 27 países europeus aplicam atualmente restrições de intensidade variável, dos quais 21 impuseram recolher obrigatório. Nas últimas duas semanas, 23 Estados endureceram as medidas para conter a propagação da pandemia, enquanto 13 abrandaram as restrições.
Segundo o diretor regional da OMS para a Europa, Hans Henri Kluge, “agora não é hora de relaxar”.
“Não podemos ignorar o perigo. Todos temos que fazer sacrifícios, não podemos permitir que a exaustão nos derrote. Devemos continuar a conter o vírus”, disse Kluge.
A Europa é a segunda região com mais casos do novo coronavírus. O número total de positivos ronda os 45 milhões e o número de mortos é próximo a um milhão, segundo dados da OMS.
Um total de cinquenta países da região já indicaram que a variante B.1.1.7, inicialmente detectada no Reino Unido, é a que predomina em seus territórios.
*Fonte: Publituris/pt; Foto, Getty Image