Por Pedro Menezes
Está tudo pronto para uma nova rodada de concessão de aeroportos para iniciativa privada. Na ocasião há 22 aeroportos em jogo, com destaque para os equipamentos de Curitiba, Foz do Iguaçu, Navegantes, Manaus, Goiânia, Palmas, São Luís e Imperatriz (MA), Teresina (PI) e Petrolina (PE).
Está tudo pronto para uma nova rodada de concessão de aeroportos para iniciativa privada. Na ocasião há 22 aeroportos em jogo, com destaque para os equipamentos de Curitiba, Foz do Iguaçu, Navegantes, Manaus, Goiânia, Palmas, São Luís e Imperatriz (MA), Teresina (PI) e Petrolina (PE).
Em entrevista ao M&E, o diretor-geral do Conselho Internacional de Aeroportos na América Latina e Caribe (ACI-LAC), Rafael Echevarne, revelou que os aeroportos são infraestruturas muito interessantes para investidores internacionais, principalmente pelo potencial de crescimento em países como o Brasil, onde o transporte aéreo desempenha um papel fundamental no desenvolvimento socioeconômico e grande parte da população ainda não utiliza o avião como primeira opção.
“No caso das viagens internacionais, o potencial do Brasil é muito importante – talvez um dos maiores do mundo. Além disso, a experiência em privatizações e concessões, tanto internacionalmente quanto no Brasil, tem sido muito positiva. Desde que os processos licitatórios e o marco regulatório sejam razoáveis, o capital privado terá interesse no setor aeroportuário”, destacou o executivo ao M&E.
Questionado sobre os impactos da pandemia, Rafael afirmou que “é muito provável que a Covid-19 tenha um impacto, como em muitos outros setores, tanto do ponto de vista puramente financeiro quanto do ponto de vista do potencial de crescimento. Posso dizer que os aeroportos mais atrativos são sempre os maiores em termos de tráfego e os que servem mercados turísticos e grandes centros de negócios”, destacou.
O ACI-LAC como um todo aguarda com otimismo a sexta rodada de concessão de aeroportos brasileiros, que será realizada nesta quarta-feira (7). Para Rafael Echevarne, “o Brasil teve e ainda tem um grande apelo para investidores internacionais, por isso não é surpreendente notar que é o país no mundo com maior presença de operadores aeroportuários internacionais”.
De acordo com o diretor-geral de ACI-LAC, o Brasil, assim como outros países da América Latina e Caribe, está em processo de reestruturação do mercado aeroportuário, e grandes operadoras que já participam do setor na região têm interesse em participar não apenas da sexta, mas também da sétima rodada de concessões, que ocorrerá em 2022.
“No Brasil, o mercado interno se destaca, devido à sua dimensão geográfica de extensão continental e grande população. O potencial de crescimento do transporte aéreo brasileiro é muito importante, no entanto, no tráfego internacional. Para efeito de comparação, os passageiros internacionais no Brasil em 2019 eram menos da metade do México ou Portugal”.
*Fonte: mercado&eventos; Foto: aeroporto nacional, crédito: arquivo/MTur/Turismo Total