Quatro em cada dez viajantes de negócios europeus planeiam voar menos depois das restrições de viagem, devido à COVID-19, forem totalmente suspensas, demonstra uma pesquisa recente da YouGov para o grupo filantrópico European Climate Foundation, que apoia a meta de emissões zero.
A mudança de hábitos durante a pandemia e as preocupações com as mudanças climáticas provavelmente reduzirão as viagens de negócios a longo prazo, sugerem os dados da YouGov.
“Voar para ir reuniões de negócios consome tempo e dinheiro, assim como nosso clima”, refere Alethea Warrington, ativista da organização de caridade “Possible” para ação climática, à agência Reuters.
“Esta pesquisa mostra que, após um ano de reuniões virtuais rápidas e fáceis, os viajantes não planeiam voltar antigamente.”
Olhando para o futuro, 40% dos entrevistados admitiram fazer menos voos de negócios quando as restrições forem totalmente suspensas, 38% voltarão à mesma frequência, 13% farão mais voos e 5% disseram que não farão mais voos de negócios.
A indústria da aviação foi atingida por novas restrições ao coronavírus e também está sob crescente pressão de ativistas ambientais para reduzir a sua pegada de carbono. As emissões das companhias aéreas, que representam 2,5% do total global, devem triplicar até 2050, indicam os dados de várias pesquisas.
Depois das empresas terem proibido ou restringido severamente os movimentos para proteger as equipas e economizar custos, as reservas de voos estão a começar a aumentar à medida que os planos de vacinação são colocados em ação nos mais diversos países. Contudo, os analistas e os principais grupos da indústria anteveem que as viagens de negócios em todo o mundo levem anos para recuperar.
Os dados da YouGov demonstram ainda que, as restrições às viagens aéreas não afetaram a produtividade do trabalho para 55% dos entrevistados – residentes no Reino Unido, Dinamarca, Espanha, França, Holanda, Suécia e Alemanha, pioraram em 26% e só em 19% aumentaram a produtividade.
Outra das conclusões da pesquisa da YouGov prende-se com a consciencialização da importância das viagens, seus custos e impactos no ambiente. Por isso, quatro em cada dez entrevistados referiram que a sua empresa está a tentar reduzir as viagens aéreas, com quase seis em cada dez a admitir que estão dispostas a baixar da primeira classe ou classe executiva para a económica, de modo a reduzir o impacto climático.
*Fonte: Publituris/pt; Foto: Dennis Schroeder/NREL