Com o objetivo de investir no turismo subaquático em Santa Catarina, o deputado estadual Ivan Naatz, daquele estado, reuniu-se na manhã desta segunda-feira (19) com o secretário estadual do Turismo, Fausto Franco, para conhecer a experiência baiana de promover a formação de recifes artificiais através de afundamento assistido de embarcações.
No final de 2020, a Bahia tornou-se referência ao promover pela primeira vez no país o afundamento de um ferry, o Agenor Gordilho, junto com o rebocador Vega, na Baía de Todos-os-Santos. Foto: Camila Souza/Gov-Ba.
Ivan Naatz é autor do projeto de lei 00055.5/2021, que tem o objetivo de criar recifes artificiais na costa catarinense para estimular o turismo de mergulho em seu estado. “Precisamos respaldar e colher subsídios para a continuidade do projeto e sua aprovação, por isso queremos conhecer melhor a experiência da Bahia”, explicou o deputado no encontro com Fausto Franco.
Para o secretário, é natural que outros estados venham conhecer melhor as especificidades do naufrágio assistido de ferry, porque foi uma experiência inédita e vitoriosa que chamou a atenção do Brasil e do mundo. “O naufrágio do Agenor Gordilho colocou a Bahia nos holofotes, todos já sabem que temos um mergulho de qualidade e estão ansiosos para visitar nossas águas”, afirmou.
Segundo o presidente da Associação dos Mergulhadores Recreativos da Bahia (Amerb), Igor Carneiro, antes da pandemia, na temporada entre outubro de 2019 até fevereiro de 2020, a Bahia recebeu 780 turistas para a prática de mergulho subaquático. Depois do afundamento, realizado em novembro de 2020, mais de 500 mergulhos já foram feitos até a embarcação no fundo do mar.
“Sem dúvida, os afundamentos do Agenor e do Vega foram de suma importância para a sobrevivência do mercado de mergulho em Salvador, a receita obtida foi o que salvou as empresas de mergulho e as está sustentando neste período”, diz Igor Carneiro.
A operação foi uma estratégia da Secretaria de Turismo do Estado (Setur) para estimular e dinamizar o turismo subaquático na Bahia. O naufrágio assistido de embarcações propicia a formação de recifes artificiais, que favorecem o habitat marinho e se convertem em atrativo para visitantes. As duas embarcações submergiram a uma profundidade de 36 metros, em frente ao Yacht Clube da Bahia. Novos afundamentos estão em estudo.
Participaram também da reunião o chefe de Gabinete do deputado catarinense, Alex Sandro Jesus, e a diretora de Planejamento Turístico da Setur, Giulliana Brito.