2025 será o ano de recuperação total das viagens internacionais

Por Victor Jorge

As viagens internacionais só deverão recuperar totalmente no ano 2025. Esta estimativa foi avançado por Luis Felipe de Oliveira, diretor-geral da Airports Council International (ACI) durante World Travel and Tourism Council Global Summit, evento que se realiza de 25 a 27 de abril, em Cancun, México.

Segundo Luis Felipe de Oliveira, a recuperação dar-se-á por “fases” e não serão “estáveis em todo o mundo”. Os mercados com grande tráfego doméstico “não deverão recuperar para níveis pré-COVID antes de 2023”, admite o responsável, avançando ainda que, no caso dos mercados onde a quota de tráfego internacional significativo, “a recuperação será mais lenta e deverá ocorrer em 2024 ou 2025”.


Num painel em que participou o presidente do Turismo de Portugal, Luís Araújo, o diretor-geral da ACI salientou ainda que “o transporte aéreo sempre foi uma indústria baseada na interdependência de todas as suas partes. O turismo e o transporte aéreo têm uma forte relação recíproca e simbiótica”, concluindo que “vamos precisar de uma ação colaborativa numa escala nunca vista antes”.

Nas previsões de abril de 2021, a mesma ACI avança que tráfego de passageiros, para este ano, foi revisto em baixa, passando de uma quebra de 48%, em outubro de 2020, para uma revisão em janeiro de 2021 que apontava uma quebra de 52% para, agora, no quarto mês de 2021, a estimativa é que a quebra ronde os 64%.


A ACI avança três cenários para o tráfego de passageiros na Europa. Assim, num cenário pessimista, em 2025, o movimento de passageiros estará 10% abaixo do previsto, enquanto no cenário base, atinge o equilíbrio (0%), para no cenário mais otimista fica 5% acima da linha.

Quanto às receitas nos aeroportos europeus, em 2020, a ACI refere que estas ficaram 30 mil milhões de euros abaixo do registado em 2019, correspondendo a uma descida de 60%, contra um decréscimo de 70% no tráfego de passageiros no mesmo período.

Já para 2021, a queda na movimentação de passageiros (-64%) antevê uma quebra de 29 milhões de euros face a 2019.

*Fonte: Publituris/pt

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