União Europeia vai analisar proposta de fronteiras abertas para estrangeiros vacinados

A Comissão Europeia propôs hoje aos Estados-membros um alívio das atuais restrições às viagens não essenciais para a União Europeia, sugerindo designadamente que seja permitida a entrada a cidadãos de países terceiros já vacinados contra a covid-19.

Tendo em conta “o progresso das campanhas de vacinação e a evolução da situação epidemiológica a nível mundial”, o executivo comunitário propõe aos 27 que reabram as fronteiras externas “a todas as pessoas provenientes de países com uma boa situação epidemiológica, mas também a todas as pessoas que tenham recebido a última dose recomendada de uma vacina autorizada pela UE”, diz a Comissão em comunicado.

Bruxelas admite alargar este corredor aos cidadãos de países terceiros que já tenham recebido as doses recomendadas de vacinas que tenham concluído o processo de listagem de utilização de emergência da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Bruxelas admite alargar este corredor aos cidadãos de países terceiros que já tenham recebido as doses recomendadas de vacinas que tenham concluído o processo de listagem de utilização de emergência da Organização Mundial da Saúde (OMS). Foto: Aeroporto de Lisboa, crédito: © Miguel A. Lopes/Lusa

 

A Comissão defende que, “até que o Certificado Verde Digital esteja operacional, os Estados-membros devem poder aceitar certificados de países não comunitários com base na legislação nacional, tendo em conta a capacidade de verificar a autenticidade, validade e integridade do certificado, e se este contém todos os dados relevantes”.

“Os Estados-membros poderão considerar a criação de um portal que permita aos viajantes solicitar o reconhecimento de um certificado de vacinação emitido por um país não comunitário como prova fiável de vacinação e/ou para a emissão de um Certificado Verde Digital”, sugere.

Além disso, a Comissão propõe aumentar, de acordo com a evolução da situação epidemiológica na UE, o valor máximo de referência de novos casos de covid-19 utilizado para determinar uma lista de países a partir dos quais todas as viagens devem ser permitidas, o que, assinala, “deverá permitir ao Conselho alargar esta lista”, actualmente composta apenas por sete países.

Por outro lado, Bruxelas admite que o surgimento de variantes “preocupantes” do coronavírus exige uma vigilância contínua, pelo que, “como contrapeso”, propõe um novo mecanismo de “travão de emergência”, a ser coordenado a nível da UE, e que limitaria o risco de tais variantes entrarem na UE.

“Tal permitirá aos Estados-membros agir rapidamente e limitar temporariamente a um mínimo estrito todas as viagens a partir dos países afetados durante o tempo necessário para pôr em prática medidas sanitárias adequadas”, sustenta a Comissão Europeia.

Esta proposta deverá ser analisada pelos Estados-membros já na próxima quarta-feira, numa reunião dos embaixadores dos 27 junto da UE, atualmente sob presidência portuguesa.

*Fonte: Presstur/pt

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