Guias de Turismo da Bahia não recebem auxílio e promovem feijoada solidária

Às vésperas de festejarem mais um Dia Nacional do Guia de Turismo – em 10 de maio – estes profissionais fundamentais na cadeia do trade turístico estão estupefatos: o prometido auxílio SOS Cultura – Lei Aldir Blanc, de R$550, não chegou até sexta-feira passada, 30 de abril, último dia do prazo estipulado para o recebimento do benefício.
O mesmo foi anunciado pelo vereador Cláudio Tinôco durante o lockdown, entre fevereiro e março, que o pleiteou junto ao prefeito de Salvador, Bruno Reis, e este o assinou, autorizando-o para ser entregue no decorrer de abril.
“O auxílio seria para os 156 guias que foram beneficiados com a cesta básica em 2020, que durou três meses, e depois deixou de acontecer, sem nenhuma explicação”, explica a pedagoga e guia Rivanete Rodrigues (foto), natural de Ruy Barbosa, atual presidente do Singtur-BA – Sindicato dos Guias de Turismo da Bahia – para o triênio 2019-2022.
Na Bahia existem hoje 1200 guias de turismo; destes, 720 possuem o Cadastur válido. O Cadastur é o sistema de cadastro de pessoas físicas e jurídicas que atuam na cadeia produtiva do turismo, executado pelo Ministério do Turismo, em parceria com os órgãos oficiais de Turismo das Unidades da Federação. Em Salvador, são 400 profissionais cadastrados.
Ontem e hoje
Para aliviar as imensas perdas causadas pela longa pandemia, a categoria neste momento se articula pelas redes sociais em torno de uma feijoada na próxima segunda-feira, dia 10, para angariar fundos junto ao trade baiano, no valor de R$20, iguaria a ser retirada na sede da entidade, no Centro Histórico, a partir do meio-dia, e gratuita para todos os guias com Cadastur: Rua Leovigildo de Carvalho, s/n°- Pelourinho. Contatos para reserva com a comissão social: Beatriz Lagos (71) 99293-8964 e Sandro Macedo (71) 99208-5300. O Portal Turismo Total apoia a iniciativa.
Segundo a guia Vanderce Ferreira, uma das pioneiras da classe na Bahia, no dia 16 de dezembro de 1977 houve a criaçao da Associação de Guias de Turismo do Estado da Bahia – Agturb-BA, tendo Eduardo José de Souza Evangelista na presidência, e como vice Joaquim Nery Filho; o secretário, jornalista Luiz Carlos Silva César; tesoureiro, Edson Antônio Alves Santana; e suplentes Luiz Carlos de Oliveira Machado, a saudosa Maria Edísia Almeida, presidente da Estarte e dona do Restaurante Lá em Casa, em Brotas; e a icônica Petrolina Baião de Aragão, a querida Dona Petró, que nos deixou há poucos anos, modelo para gerações de guias de turismo. 
A sede era então no Belvedere da Sé. Daí, resume Vanderce, “a história é longa, até ser transformada em sindicato. Houve até uma Junta Governativa. Gostaria muito de futuramente levar ao conhecimento dos colegas mais novos toda nossa história, até 1993, quando conseguimos nosso reconhecimento junto ao Congresso Nacional. Quem sabe quando passar a pandemia, um seminário?”, sugere ela, que é uma das decanas e uma das maiores guias de turismo do Brasil, (re)conhecida nacionalmente.

Hoje, o Singtur-BA se orgulha de ter uma cadeira permanente ao fazer parte das 19 entidades, como a Abrajet-BA, Associação Brasileira dos Jornalistas de Turismo, presidida por Benneh Amorin, que compõem o CBtur – Conselho Baiano de Turismo, este presidido atualmente pela agente de viagem Ângela Balalai Carvalho.
*Fonte: Alma Baiana; Foto: Duda Tawil/Divulgação

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