Do pé para mão e em qualquer parte do Mundo, poderá ser ouvido alguma declaração de Amor assim: “Amar os filhos ativa na gente uma coragem que nem imaginávamos possuir. De repente, nós, que éramos bem normais, até covardes e hesitantes em algumas ocasiões, nos agigantamos para proteger aquele serzinho dependente e indefeso. Descobrimos uma força descomunal que nos faz varar noites, amamentando, ou levantar da cama, mesmo doentes, porque uma criança faminta não pode esperar. Chegamos mesmo a vencer nossas piores assombrações e, às vezes, viramos animais para defender nossa prole”.
Estas mães estão, realmente, batalhando no dia a dia, em prol da sua família, logicamente, as que há muito pegam no batalho com a maior disposição e ainda lhes sobra tempo para acariciar suas crias, almejando para elas tudo de bom que haja no Mundo, em suas bênçãos. As que possuem maior poder aquisitivo não revelam o amor diminuído aos seus rebentos, e assim ostentam, igualmente, aquele significado do Amor de Maria a Jesus.
Está na ponta da língua dos países lusófonos que Dia da Mãe (Portugal) ou Dia das Mães (Brasil) é uma data comemorativa que homenageia anualmente a figura familiar materna (mãe) e a maternidade. A data de comemoração varia de acordo com o país: no Brasil é no segundo domingo do mês de maio. Em Portugal, o Dia da Mãe é comemorado no primeiro domingo de maio, seguindo a tradição da Igreja Católica que neste mês celebra Santa Maria, Mãe de Jesus (em particular Nossa Senhora de Fátima.
Com muita história para contar, logicamente, no Brasil, coube à Associação Cristã de Moços do Rio Grande do Sul (ACM-RS) a iniciativa da comemoração. A data foi trazida ao nosso País pelo então secretário-geral da instituição, Frank Long. A primeira celebração no País ocorreu em 12 de maio de 1918, em Porto Alegre. Aos poucos, a festividade foi se espalhando pelo país e, em 1932, o então presidente Getúlio Vargas, a pedido das feministas da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, oficializou a data no segundo domingo de maio. A iniciativa fazia parte da estratégia das feministas de valorizar a importância das mulheres na sociedade, animadas com as perspectivas que se abriram a partir da conquista do direito de votar, em fevereiro do mesmo ano.
Será oportuno, então, homenagear todas as mães, independente de credo, cor, posição social, com o antológico Poema A Leoa, de Raimundo Correia:
“Não há quem a emoção não dobre e vença, Lendo o episódio da leoa brava, Que, sedenta e famélica, bramava, Vagando pelas ruas de Florença .Foge a população espavorida, E na cidade deplorável e erma Topa a leoa só, quase sem vida Uma infeliz mulher débil e enferma. Em frente à fera, um estupor de assombro, já por si tremia, ela, a mesquinha, Porém, porque era mãe e o peso tinha, Sempre caro pras mães, de um filho ao ombro. Cegava-a o pranto, enrouquecia-a o choro, Desvairava-a o pavor!… e entanto, o lindo, O tenro infante, pequenino e louro, Plácido estava nos seus braços rindo. E olhar desfeito em pérolas celestes Crava a mãe no animal, que para e hesita, Àquele olhar de súplica infinita, Que é só próprio das mães em transes destes. Mas a leoa, como se entendesse O amor de mãe, incólume deixou-a…É que esse amor até nas feras vê-se! E é que era mãe talvez essa leoa!”
As mães merecem estes versos belos de reconhecimento e por que com sua presença, em nossa vida, todo dia é Dia das Mães!
*Fonte: JP Turismo/Mídia Partner do Turismo Total