A casa dos artistas cearenses Nice e Estrigas Firmeza, também conhecida como Minimuseu Firmeza, recebe a partir desta terça-feira (18) obras dos eternos anfitriões na exposição “Casa de arte e afeto no Mondubim”. A mostra virtual inédita, realizada pelo Cineteatro São Luiz, é uma celebração ao Dia Internacional dos Museus, comemorado neste dia 18 de maio.
A exposição será dividida em quatro núcleos e estará disponível na galeria virtual do site do equipamento cultural. Após a estreia da mostra, será realizada uma conversa ao vivo transmitida pelo YouTube do São Luiz, às 18h30, com os pesquisadores e frequentadores do Minimuseu: Carolina Ruoso, Carlos Macedo e Luiza Helena Amorim.
A divisão da exposição estabelecida nos núcleos “O Estrigas”, “A Nice”, “Os Amigos” e “A Casa” são uma forma de mapear as diversas infinidades de valores presentes no minimuseu, tanto no sentido afetivo, quando em relação ao valor artístico e histórico do lugar.
“A gente mostra algumas obras que estão presentes desses dois artistas ainda lá na casa, no minimuseu. A gente não vai fazer um panorama inteiro da história da arte de cada um dos dois. A ideia é mostrar um pouco das obras deles, das temáticas que eles relatavam, e ao mesmo tempo apresentar esses personagens”, conta o curador da mostra, Rodrigo Gadelha Costa.
No núcleo “Os Amigos”, a exposição traz obras de amigos Aldemir Martins, Descartes Gadelha, Hélio Rola, Heloysa Juaçaba, Raimundo Kampos, Vando Figueiredo, Zenon Barreto e Zé Tarcísio, que compartilhavam debaixo da sombra do Baobá do sítio de Estribas e de Nice discussões sobre a vida e a arte.
Já na “A Casa”, a proposta é mostrar essa espaço, que mesmo estando vazio, está repleto de memórias. Segundo o curador, “a ideia não é reduzir esse ambiente a suas condições físicas, como ele se constitui enquanto um lugar. De alguma forma a gente tenta explorar esse ambiente, esse espaço, enquanto um espaço de confluência, de histórias, de memória e de arte”, diz.
A mostra faz parte da 19° Semana Nacional de Museus, coordenada pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). Além de integrar a ação do Ibram, o curador também acredita que a exposição é uma forma de questionar como a cidade de Fortaleza lida com os espaços que resguardam a sua memória.
“O minimuseu é esse espaço rico e tão relevante para a nossa trajetória da cultura cearense. Mesmo assim, ele não recebe a visibilidade que deveria receber. […] A ideia é suscitar um questionamento, um olhar para esses nossos lugares de memória e o que eles têm se tornado, o que têm sido feito deles”, finaliza.
SERVIÇO
MINIMUSEU FIRMEZA – CASA DE ARTE E AFETO NO MONDUBIM
Terça-feira (18), às 18h, no site do Cineteatro São Luiz.
*Fonte: Diário do Nordeste