Por Jorge Victor
As receitas globais geradas pelo setor do turismo e viagens deverão ascender a 385 mil milhões de dólares (cerca de 330 mil milhões de euros), correspondendo, assim, a quase metade do valor alcançado em 2019, ou seja, em período pré-COVID-19.
Efetivamente, as contas avançadas pela Stockapps, com base em dados da Statista, avançam com receitas de 737,5 mil milhões de dólares (cerca de 630 mil milhões de euros), em 2019, depois de dois anos de crescimento (692 mil milhões de dólares, em 2017, e 714,5 mil milhões de dólares, em 2018).
O valor previsto para 2021 é, contudo, superior ao alcançado em 2020, ano em que a Stockapps indica receitas inferiores a 300 mil milhões de dólares (cerca de 256 mil milhões de euros). A quebra das receitas, em 2020, cifrou-se, segundo as contas, em mais de 60% face a 2019, sendo que, para 2021, se estima um crescimento de quase 30% face a 2020.
A partir de 2022, no entanto, a consultora indica um caminho de evolução contínua. Se para 2022 as previsões apontam para receitas na ordem dos 620,5 mil milhões de dólares (cerca de 530 mil milhões de euros), o ano de 2023 já poderá suplantar os valores apresentados antes da pandemia, estimando-se que as receitas poderão ultrapassar os 738 mil milhões de dólares (cerca de 631 mil milhões de euros).
2024 e 2025 serão, previsivelmente, anos de total recuperação, com receitas a atingir 838 mil milhões de dólares (715 mil milhões de euros) e 913 mil milhões de dólares (780 mil milhões de euros), respetivamente.
Em todos os casos, é a hotelaria que mais receitas gera, seguida dos pacotes de férias, alugueres e cruzeiros.
De resto, a indústria dos cruzeiros foi a mais afetada, revelando a Stockapps que, para 2021, este setor deverá atingir receitas na ordem dos 6,6 mil milhões de dólares (cerca de 5,6 mil milhões de euros), correspondendo a menos 76% que em 2019.
Quanto ao número de turistas/viajantes, a consultora indica que continua 40% abaixo da realidade de 2019, ano em que o setor global das viagens e turismo registou quase 1,65 mil milhões de pessoas, estimando-se que atinja os 971,1 milhões, em 2021, ou seja, menos 679 milhões que há dois anos.
Geograficamente, os Estados Unidos da América representam a maior indústria de viagens e turismo globalmente. Em 2021, o mercado deverá crescer 32% face a 2020 para 83,3 mil milhões de dólares (cerca de 72 mil milhões de euros), ou seja, menos 62 mil milhões de dólares (cerca de 53 mil milhões de euros) que em 2019.
Já as receitas do mercado chinês, como o segundo maior a nível mundial, deverão crescer, em 2021, perto de 41%, quando comparado com 2020, e atingir 82,4 mil milhões de dólares (cerca de 70 mil milhões de euros), ainda 37 mil milhões de dólares (aproximadamente 32 mil milhões de euros) abaixo dos níveis pré-COVID-19.
Seguem-se Alemanha, Japão e Reino Unido com 23,8 mil milhões, 22,3 mil milhões e 14 mil milhões de dólares em receitas, respetivamente, em todos os casos, quase metade dos níveis pré-pandêmicos.
*Fonte: Publituris/pt; Foto: divulgação/Arquivo Turismo Total