Por Jefferson Severino
As palavras de ordem para o futuro do turismo brasileiro são esperança e otimismo. Isso é o que apontam os respondentes da segunda edição da pesquisa “Desafios das Agências de Turismo”, realizada entre junho e julho deste ano pelo Sebrae em parceria com a Associação Brasileira de Agências de Viagens (ABAV Nacional). Representando um universo de 192 mil pequenos negócios, entre agências de turismo, operadores, e empresas de transporte rodoviário, aquaviário e de agenciamento marítimo, entre outros, a maioria dos empresários prevê um aumento de faturamento superior a 50%, contra apenas 14% que vislumbram queda, mantendo também expectativa de crescimento em novas contratações até dezembro de 2021.
Dentro do universo da pesquisa, os resultados do recorte referente às associadas à ABAV – cerca de 2,2 mil em todo o Brasil, entre agências de viagens, operadoras de turismo e consolidadoras – revelaram que o emprego de profissionais qualificados e maior preparo dos empresários na gestão dos negócios estão fazendo a diferença na travessia da crise. Na distribuição da prateleira dos associados ABAV, cinco produtos lideram a oferta – hospedagem em hotéis ou pousadas, pacotes com aéreo, bilhetes aéreos nacionais, seguro viagem e bilhetes aéreos internacionais. Entre os segmentos mais demandados estão sol e praia, cultural/histórico, natureza/ecoturismo, negócios e as viagens de luxo, com predominância para pacotes de lua de mel, ski e neve o que indica também valor mais alto do ticket médio. Nove em cada dez empresários apostam no crescimento das vendas online, embora apenas 36% deles tenham registrado mais de 50% de faturamento pelos canais digitais.
Já no grupo de associados ABAV é unânime a expectativa pela redução da alíquota do IRRF sobre remessas internacionais e a aprovação do PL 908 pela justa proporcionalidade da responsabilidade solidária das agências de viagens, dois pleitos que a entidade encampa diretamente em Brasília. A pesquisa envolveu amostra composta por 41% de microempresas, 29% de MEI e 21% de pequenas empresas. Entre as agências de turismo, 55% afirmaram trabalhar majoritariamente com emissivo.
*Fonte: Turismo On-Line