Por Marcello Fontes
Em um cenário de retomada otimista, o Festival de Cultura e Gastronomia Tempero Bahia, aqueceu o setor cultural, gastronômico, turístico, artístico e musical, durante onze dias na capital baiana. Com a presença de vinte e oito restaurantes, que somaram forças com mais dois territórios, São Paulo e Lisboa, o selo do Tempero Bahia, saiu de Salvador e abraçou o mundo.
“Vejo a realização do Festival como um acontecimento positivo para o setor cultural e para a movimentação da economia criativa”, afirma André Curvello, secretário estadual de Comunicação. “Agora, passado o Tempero Bahia, vamos temperar o destino de Praia do Forte, com o Festival Tempero no Forte, em novembro deste ano”, afirma Djanira Dias, produtora e organizadora do evento.
Um dos grandes acontecimentos, em novo formato, moderno e seguro, a Música Instrumental, ecoou sonoridades afinadas e de qualidade em sua programação de shows instrumentais a bordo de um pranchão elétrico, no Centro de Convenções de Salvador.
“O novo formato “Drive in” com Lounges, mostrou que é possível acontecer até após à pandemia, pois traz segurança, conforto e qualidade musical, que deram o tom do evento”, pontua Curvello.
A Cozinha Show totalmente online, recebeu chefs de Salvador e do Brasil, com aulas, receitas e dicas deliciosas, garantindo ser uma das atrações mais cobiçadas que despertam o interesse do público, como aconteceu com um número relevante de participantes nas Lives.
Estreante no evento, o premiado chef Fabrício Lemos, participou com seus dois restaurantes: Omi do Fera Palace Hotel e Ori. O saldo, para ele, foi muito positivo. “A experiência foi muito boa em ver que conseguimos depois dessa retomada participar de um evento que estimula a criatividade e traz uma movimentação extra ao setor”, afirma Lemos. O chef teve destaque também em uma das aulas da Cozinha Show, o qual considerou como o grande ponto alto. “Compartilhar conhecimento, nesta parceria do Tempero com o Senac, em aulas muito bem estruturadas, com acessibilidade onde pudemos compartilhar conteúdos bacanas. Isto me motiva de verdade”, disse.
No Rio Vermelho, o Varanda Gourmet, do chef Sandro Borges, reconhece a importância do festival e as marcas que ele deixa. “Nossa participação foi incrível e surpreendente. Os pratos tiveram uma grande saída. Como sempre, apaixonado pelo Tempero Bahia, que desta vez marcou a nossa reabertura desde o início da pandemia. Meu desejo é sempre fazer parte do evento”, comemora Sandro. Outro detalhe é que desde 2017, na primeira edição do evento, sempre fica algum elemento do prato no cardápio, e agora ficou a farofa crocante de castanha de caju, que teve grande aceitação e foi criada especialmente para o Festival.
Outro participante, o Restaurante Bella Napoli, obteve êxito de vendas do prato Nhoque de mandioquinha com camarões, e segundo o próprio estabelecimento, a intenção é introduzir o prato do festival no cardápio pelo fato da grande aceitação do público. “Nossa participação foi ótima e o evento estimulou o processo criativo”, revelou Gian Angelino, gestor do Bella Napoli. No Centro Histórico de Salvador, o Cuco Bistrô ganhou elogios dos visitantes em relação ao prato criado pelo chef João Silva, o Cruzeiro de São Francisco e o Restaurante Donana, em Brotas, teve muitos pedidos do público para manter o Sarapatel de Frutos do Mar, no cardápio do restaurante.
O Tempero Bahia faz parte da Etapa Salvador do Projeto Tempero no Forte, inscrito na Lei de Incentivo à Cultura, com organização e produção da 2D Projetos Culturais e Eventos. É uma realização do Governo Federal, através da Secretaria Especial da Cultura e do Ministério do Turismo, com patrocínio do Super Bompreço e Ticket, e apoios do Governo do Estado da Bahia, Secretaria de Cultura e Turismo da Prefeitura de Salvador, Centro de Convenções Salvador, Sebrae Bahia, Senac, Bahiagás e ITS Brasil.