A CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener (foto), disse hoje que indústria da aviação foi “bastante afetada” pela pandemia de covid-19 e, com esta crise, ganharam importância as questões da sustentabilidade.
A crise derivada da pandemia de covid-19 enfatizou o fato “de que a sustentabilidade é mais importante e irá contribuir para um futuro melhor para a indústria”, frisou a executiva, durante a conferência “A World for Travel”, a decorrer em Évora.
Na sua intervenção, em que realçou que “a indústria da aviação foi bastante afetada” pela pandemia, Christine Ourmières-Widener assinalou alguns passos que têm sido dados em matéria de sustentabilidade no setor, aproveitando o momento de crise.
“Todas as companhias aéreas aproveitaram a oportunidade da crise para renovar a sua frota”, o que “tem um enorme impacto” nas emissões para a atmosfera de gases com efeito de estufa, “porque as novas aeronaves têm uma melhor eficiência operacional e queimam menos combustível”, disse.
E é “o que a TAP tem feito também”, pois, já tinha começado “uma renovação completa da frota há alguns anos” e, agora, está “a terminar esse processo”, disse.
Numa altura de crise, “o investimento pode ter de ser adiado”, mas “todo este investimento na frota e também a renovação da frota são escolhas sustentáveis também para nós”, as companhias de aviação, defendeu.
Quando a crise passar, se as companhias quiserem “ser mais fortes”, precisam de “continuar a renovar a frota” e de “ter uma aeronave sustentável, porque esse será também o futuro da indústria e o futuro da estrutura de custos”, acrescentou.
A CEO da TAP também sublinhou na mesma intervenção que a crise da pandemia tem sido “muito diferente de uma região [do mundo] para a outra”. Como exemplo, disse que a redução da procura no mercado doméstico nos EUA “começou muito antes do que em outros” mercados.
Quanto ao mercado sul-americano, a crise teve “um impacto profundo”, indicou, destacando que, no que respeita à TAP, vai ter agora “uma lenta recuperação, graças abertura por exemplo das fronteiras do Brasil”.
“Muito obrigado por esta boa notícia para nós”, congratulou-se a responsável da TAP, insistindo que o impacto da crise difere de país para país “dependendo das fronteiras estarem abertas ou não” e defendendo que, perante esta diversidade de cenários, as companhias aéreas têm de ser “flexíveis e adaptáveis”. Fonte: Presstur & Notícia Lusa.