Segurança dos viajantes na retomada é debatida no Fórum de Turismo LGBT

Por Leonardo Neves
O Fórum de Turismo LGBT, realizado nesta quinta-feira (30), em São Paulo, debateu diferentes temas importantes para o público LGBT+. O 3º painel do evento reuniu Lucas Corazza, chef confeiteiro profissional, e Marcello Michieletto, do Viaje Entre Iguais, debateram a segurança dos viajantes em destinos “não” seguros.

Os destinos classificados como “não seguros”, que foram o foco do painel mediado por Lipe Camanzano, do Lipe Travel Show, durante o Fórum de Turismo LGBT, são aqueles que não contam com leis de proteção ao público LGBT+, o que pode resultar em situações de risco para os turistas deste segmento.

Lipe Camanzano, Lucas Corazza e Marcello Michieletto, durante o painel de destinos não seguros, no Fórum de Turismo LGBT. Foto: Divulgação.

 

“Nesses destinos, fica esse coisa de ser algo de ‘ghetto’ você ser gay, por você não poder ir para um lugar e viver a experiência completa dele. Não ir para esses destinos é deixar parte da nossa comunidade mundial isolada”, afirmou Corazza, destacando que uma das maiores manifestações do público LGBT+ são as vestes, que muitas vezes precisam ser mais discretas nestes países.

“O turista tem uma ‘imunidade diplomática’, por isso não acredito em boicote a esses destinos, justamente para não deixarmos de lado as comunidades destes lugares”, completou.

“Temos duas situações: uma é levar grupos LGBT+ para destinos perigosos e outra é levar indivíduos. São duas maneiras de tratar e indicar para os clientes”, afirmou Michieletto, dando exemplos de roteiros países do Oriente Médio e Norte da África.

“Nesses destinos tentamos levar os grupos para hotéis de cadeias internacionais e ter um guia qualificado que ‘proteja’ o grupo nessas viagens”, continuou o executivo.

Inclusive, de acordo com o site Asher & Lyric, o Brasil está entre um dos países mais seguros do mundo para os viajantes LGBT+, ocupando a 14ª posição mundialmente e a 2ª colocação na América Latina, superado apenas pelo Uruguai.

O levantamento levou em conta os direitos LGBT vigentes em cada país. Neste ano, os primeiros colocados mundialmente do levantamento da Câmara foram Canadá, Holanda, Suécia, Malta e Portugal.

*Fonte: Brasilturis

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