Maioria dos europeus planeja viajar nos próximos seis meses

Dois em cada 3 europeus, ou seja, 66% planejam viajar nos próximos seis meses, com base na confiança restaurada durante este verão, avança um estudo recente da European Travel Commission (ETC), demonstrando, assim, o aumento da confiança dos europeus e apontando para uma perspectiva positiva para o turismo nos próximos tempos.

A 9.ª atualização do “Monitoring Sentiment for Domestic and Intra-European Travel” refere que as viagens intra-europeias superam as viagens domésticas, indicando que 55% dos viajantes de curto prazo preferem visitar outro país europeu.

Já as viagens aéreas também estão a aumentar, com mais de 50% dos entrevistados para o relatório da ETC a afirmar que “se sentem confortáveis apanhar um avião novamente”.

 

Turistas europeus sem máscaras em visita a Lisboa. Foto: Nelson Rocha/Portal Turismo Total

 

 

Os dados do estudo demonstram que, pela primeira vez desde outubro de 2020, os planos de viagem dos europeus estão distribuídos uniformemente nos próximos seis meses: 26% optam por viagens entre outubro e novembro, 28% entre dezembro de 2021 e janeiro de 2022 e 25% viajam em fevereiro e março 2022. Estes resultados indicam que um número crescente de europeus já não se encontra em “modo de espera” para viajar e se sente muito mais confiante para embarcar em viagens espontâneas.

À medida que o sentimento de viagem continua a melhorar e as restrições à pandemia se tornam o novo normal, os europeus ‘prontos para viajar’ estão mais determinados a cumprir os seus planos de viagem (mais 39% em relação ao relatório anterior), em vez de esperar ou adiar.

City breaks de última hora

As city breaks intra-europeias estão agora no topo das preferências dos europeus, indicando, assim, maior confiança para viajar a nível internacional: mais de 1 em cada 2 europeus com planos de viagem de curto prazo irão para outros países europeus, correspondendo a um aumento de 41% desde setembro de 2020.

Já as preferências por viagens domésticas (32%) diminuíram 18% nos últimos doze meses. Os destinos do Mediterrâneo estão em primeiro lugar na lista dos viajantes, com Espanha e Itália (ambos 9%), França (8%) e Grécia (7%) como as principais preferências.

Por outro lado, as férias na cidade (18%) atingiram agora o pico em 2021, com um aumento de 43% desde o verão de 2021, embora o apelo de férias no litoral também continue forte. Ao mesmo tempo, o planeamento de viagens está a tornar-se cada vez mais de última hora, já que apenas 29% dos europeus com planos de viagem para outubro ou novembro reservaram a sua viagem atempadamente. Esse valor cai ainda mais, para 15%, entre os que viajam no final de 2021.

O relatório da ETC aponta, de resto, que “o maior interesse em city breaks e reservas de última hora é outro indicador do retorno gradual à normalidade e de viagens mais espontâneas no futuro próximo”.

As férias na cidade vêm acompanhadas por um aumento da popularidade das viagens mais curtas de até 3 noites (30% dos viajantes em férias na cidade). A redução da duração da viagem também afeta os orçamentos, uma vez que o número de viajantes que pretendem gastar até 500 euros na viagem aumenta 20% em relação ao inquérito anterior, em detrimento de níveis de despesas mais elevados (mais de 1.000 euros).

Segurança acima de tudo

Os dados do relatório da ETC indicam, igualmente, um aumento na preferência por viagens aéreas, embora as preocupações com saúde e segurança continuem a manter-se no topo dos cuidados a ter por parte dos viajantes.

Apesar de existir uma hesitação persistente em relação às viagens aéreas, mais de 50% dos europeus “prontos para viajar” estão ansiosos para mudar para o transporte aéreo (um aumento de 13% em relação ao estudo anterior). “Este é outro sinal de maior confiança do consumidor em relação ao uso de voos comerciais para otimizar o tempo de viagem”, salienta a ETC em comunicado.

Apesar da maior vontade de viajar nos próximos seis meses, 63% dos viajantes “madrugadores” ainda contam com protocolos de saúde e segurança no destino, realidade que os faz sentir “mais confortáveis e propensos a aproveitar a viagem”.

Por isso, diz a ETC, “os destinos e as empresas de turismo devem tranquilizar os viajantes por meio de medidas eficazes contra a COVID-19, especialmente em relação às áreas de maior preocupação: viagens aéreas, transporte no destino e atrações locais”.

*Fonte: Publituris/pt

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