Saiba quais são as 10 ações da OMT para um turismo “mais inclusivo e responsável”

A Organização Mundial de Turismo (OMT) juntou outras agências das Nações Unidas, ministros e líderes dos setores público e privado em Barcelona para delinear um plano com dez ações que visam preparar o futuro do turismo, “mais inclusivo e responsável”.

 

Zurab Pololikashvili, secretário-geral Organização Mundial do Turismo, Foto: OMT/Divulgação 

 

 

“O sector não deve apenas recomeçar e recuperar, deve também garantir que o crescimento futuro seja mais inclusivo e responsável”, destacou a OMT num comunicado sobre as conclusões da Cimeira Mundial O Futuro do Turismo, que decorreu em Barcelona nos dias 26 e 27 de Outubro.

“Da crise podem surgir oportunidades”, alerta a agência das Nações Unidas para o Turismo, destacando que “uma liderança clara e baseada em princípios será necessária para realizar o potencial transformador do turismo”.

Desta forma, e para preparar um turismo melhor para as pessoas e para o planeta, a Cimeira elaborou e comprometeu-se com uma estratégia baseada em dez ações:

  1. Responder à emergência económica e social provocada pela pandemia covid-19 apoiando as empresas e através da retenção e criação de empregos.
  2. Promover políticas e estratégias de turismo que garantam o uso sustentável dos recursos, incluindo planeamento e gestão responsável do turismo, e envolver plenamente as comunidades locais no seu desenvolvimento.
  3. Integrar totalmente o turismo nas políticas nacionais e locais para criar maior prosperidade, sustentabilidade e equilíbrio económico dinâmico. Além disso, aprofundar o envolvimento do sector na abordagem dos seus impactos em questões-chave, como habitação, uso do espaço público, qualidade de trabalho e salários, exclusão social, segregação espacial, problemas ambientais ou saturação de infraestruturas.
  4. Fortalecer a identidade cultural dos destinos, promovendo a capacidade de construção de mercados sensíveis aos valores culturais, valorizando a preservação da identidade e estimulando as sinergias entre a cultura, especialmente a economia criativa, o turismo e o bem-estar social. E, lado a lado, promover o turismo como uma experiência pessoal positiva tanto para os turistas como para as comunidades de acolhimento.
  5. Colocar a sustentabilidade económica, social e ambiental firmemente no centro do planeamento e gestão do turismo, fortalecendo a sua medição, regulamentação, investimento e comunicação.
  6. Avançar com iniciativas que promovam o progresso, a integração regional e a coesão social e estimulem o compromisso das empresas com o planeta, o lugar e as pessoas, incluindo cidadãos, visitantes e trabalhadores. Incentivar um novo modelo de governança sustentado pela participação do cidadão, coordenação público-privada-comunidade e estruturas sólidas de colaboração e liderança.
  7. Incentivar a digitalização do turismo, a aplicação de tecnologias de informação e comunicação e a implementação de esquemas de destinos inteligentes que gerem valor e promovam a sustentabilidade.
  8. Promover mecanismos de cooperação internacional para a preparação e gestão de crises de modo a aumentar a resiliência do sector e reduzir sua vulnerabilidade a choques futuros.
  9. Promover formação, educação, conhecimento e pesquisa como alavancas para a inovação, competitividade, inclusão, responsabilidade e sustentabilidade do turismo.
  10. Desbloquear o potencial do turismo, facilitando o investimento para os sectores público e privado, incluindo financiamento para apoiar a governança e a adopção de novos modelos de negócios na digitalização e no crescimento verde. Apoiar a criação de um modelo de financiamento inovador, como o Fundo de Turismo da ONU NetZero, a fim de maximizar as contribuições do sector para os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

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