A cidade de Valência, em Espanha, foi nomeada Capital Europeia do Turismo Inteligente para o ano de 2022 por um júri da Comissão Europeia especializado em acessibilidade, digitalização, património cultural e criatividade
A candidatura da cidade de Valência (foto) foi escolhida de entre um conjunto de 30 cidades de 16 países devido ao compromisso da cidade com o desenvolvimento de “projectos que promovam o turismo inteligente”, o “trabalho em rede”, e ainda o “incentivo ao desenvolvimento do turismo inovador, sustentável e inclusivo”.
No próximo ano, a cidade vai contar com o apoio de “especialistas em comunicação e desenvolvimento de marca” e vai organizar várias atividades promocionais e de visibilidade, produzir um vídeo promocional e erguer uma grande escultura com hashtag.
O conselheiro de turismo da Câmara Municipal de Valência, Emiliano García, foi citado em comunicado afirmando que “Valência posiciona-se como um destino turístico cosmopolita, inteligente e sustentável, ao nível das grandes cidades turísticas e das capitais europeias”, que desenvolve “projectos pioneiros no campo da sustentabilidade, tais como o cálculo, certificação e redução de pegadas de carbono e água”, bem como a criação de um “sistema de inteligência turística completo”, e o seu posicionamento como “destino de filmagens internacionais graças à criação do gabinete de cinema”.
“Somos Capital Mundial do Design e, paralelamente, continuamos a maximizar o valor e a visibilidade do nosso património mais tradicional, tanto tangível como intangível”, concluiu o conselheiro.
O comunicado refere ainda que a cidade elaborou uma auditoria da pegada de carbono e água da activdade turística, para depois agir de acordo com um “plano para a sua redução e compensação com o objectivo de alcançar a neutralidade de carbono no turismo até 2025”.
No que diz respeito a acessibilidade, a cidade conta com mais de 156 quilómetros de ciclovias e dedicou-se a aumentar o espaço para peões, a promover instalações com equipamento especial e a eliminação de barreiras arquitectónicas, além de promover projectos de adaptação da oferta turística a pessoas com mobilidade reduzida.
A cidade de Valência também procedeu à digitalização para a “gestão da experiência turística” e como “instrumento de competitividade empresarial”, criando a plataforma de dados SIT (Tourist Intelligence System) para ajudar na “tomada de decisões no sector empresarial”, chatbots para comunicar com turistas, cinco quiosques inteligentes com informação turística que funcionam 24h por dia, e ainda experiências de geocaching para conhecer a cidade.
No que diz respeito a património cultural valenciano, foram destacadas as Fallas, a Lonja de la Seda e o Tribunal de las Aguas como Património Mundial da UNESCO, bem como a proposta para tornar a paella como Património Intangível da Humanidade.
*Fonte: PressTUR/pt; Foto: Unsplash / Travelnow.or.crylater