Comunidade em Salvador (BA) da Casa de Oxumarê celebra 30 anos de liderança do Babá Pecê

Por Marcello Fontes

O povo de santo do terreiro Casa de Oxumarê está em festa! Isso por que, o atual babalorixá de uma das mais tradicionais e antigas comunidades de candomblé da Bahia e do país, o Babá Pecê, comemora 30 anos à frente da liderança desse espaço sagrado. A celebração, que é reconhecimento pelo importante papel social e religioso desenvolvido pelo sacerdote, será marcada com um jantar gratuito e aberto ao público, regado de iguarias típicas dos Orixás, no dia 19, sexta-feira, às 19h, na sede do terreiro, localizada na Federação.

Considerado uma das maiores referências no combate a intolerância religiosa e racial e na defesa dos mais vulneráveis, o líder religioso reconhece que ainda há muito a ser feito. “Com muita fé e determinação os objetivos serão alcançados rompendo barreiras e ultrapassando os obstáculos”, afirma Pecê (foto). Para o Babá Egbé, Leandro da Mata, a sua ação sintetiza o lugar do líder e o pai que acolhe a todos com um olhar fraterno não só para seus filhos de santo, mas sim para todos que tem a oportunidade de conviver com ele.

Além de desenvolver atividades religiosas, a Casa de Oxumarê é ativamente engajada em projetos sociais e culturais que auxiliam para o desenvolvimento e inclusão das comunidades do seu entorno geográfico e político. Comprometida na luta contra o preconceito e a intolerância religiosa, possui um extenso histórico de realização de atividades e ações que visam a valorizar o legado cultural afro-brasileiro e garantir o direito de cada cidadão em professar livremente sua fé.  Essas ações são um importante mecanismo de transformação social, realizando atividades culturais e educacionais que visam a ampliar oportunidades de empregabilidade e de geração de renda de pessoas socialmente vulneráveis.

Sobre a Casa de Oxumarê

Ilé Òsùmàrè Aràká Àse Ògòdó, conhecido como Casa de Oxumarê, foi fundado há 180 anos, sendo que há 112 está localizado na Federação. Ao longo de sua história, contribuiu de modo significativo para preservar e difundir a cultura africana no Brasil. Guardiã e detentora de tradição milenar, a casa perpetua o legado ancestral do culto aos Orixás, lançando as sementes do que hoje representa o candomblé para o país e o mundo. Faz parte do panteão das casas matrizes responsáveis pela construção da religiosidade afro-brasileira.

*Fotos: Divulgação

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