Por Victor Jorge
Um inquérito realizado pela Global Business Travel Association (GBTA) prevê que a recuperação total das viagens de negócios só acontecerá em 2024, depois de, em 2021, essa recuperação ter sido a um ritmo mais lento do que o esperado e acontecer de forma gradual em 2022.
Os resultados do 13.º Outlook da GBTA, cobrindo 73 países e 44 setores de atividade, concluiu que depois de uma quebra de quase 54% nos gastos, caindo para 661 mil milhões de dólares (cerca de 585 mil milhões de euros), em 2021 os dados indicam uma recuperação de 14% para 754 mil milhões de dólares (acima dos 665 mil milhões de euros), com esta recuperação a dar-se mais lentamente que o previsto no Outlook publicado em fevereiro deste ano.
A América do Norte, mais concretamente, os EUA, lideraram a recuperação, com as receitas a subirem 27%, em 2021, indicando o relatório da GBTA crescimentos na ordem de 15 a 20% em mercados como a América Latina, Médio Oriente e África, e Ásia-Pacífico.
Já a Europa ficou atrás do resto do mundo, registando uma subida de apenas 10%, com a situação na Europa Ocidental a ser pior com quebras de 3,8% em relação aos níveis de 2020. De acordo com o GBTA, isso deve-se ao “baixo desempenho logo no início do ano”, prevendo-se, no entanto, que a procura por viagens de negócios na região supere a maioria das outras partes do mundo.
Apesar desse início lento, os inquiridos preveem um aumento anual de 38% nos gastos em 2022, à medida que a recuperação das viagens e a procura reprimida aumentem, trazendo os gastos com viagens de negócios globais para mais de um bilião de dólares (cerca de 885 mil milhões de euros).
Previsto está que essa tendência continue em 2023, com os gastos a aumentarem 23% à medida que regressam mais viagens internacionais e em grupo.
Até o final de 2024, os números apontados pelo Outlook da GBTA indicam uma recuperação completa para um pouco acima dos níveis pré-pandêmicos, na ordem dos 1,5 biliões de dólares, ou seja, ligeiramente acima dos 1,3 biliões de euros, prevendo-se que, em 2025, o mercado entre numa velocidade de cruzeiro de crescimento de 4%.
A GBTA reconhece, contudo, que “os desafios permanecem no caminho para a recuperação”, com os profissionais inquiridos a apontar fatores como “ameaças e disrupções persistentes relacionadas a COVID”, bem como “problemas da cadeia de abastecimento, escassez de mão de obra, aumento da inflação, aumento de custos e atraso na recuperação nos mercados asiáticos” como principais riscos para recuperação deste mercado. *Fonte: Publituris/pt.
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