Pandemia: “Próximos meses serão difíceis”, adverte comissão européia da Saúde

 

A comissária europeia da Saúde advertiu ontem que “os próximos meses serão difíceis” ao nível da pandemia da covid-19, pois “é provável que a [nova variante] Ómicron venha numa grande vaga”, e reiterou o apelo à vacinação.
Reagindo à avaliação de risco publicada pelo Centro Europeu de Controlo e Prevenção de Doenças (ECDC), que alerta para o risco “muito elevado” que representa a nova variante e recomenda medidas “fortes e urgentes” para prevenir a sua propagação, a comissária Stella Kyriakides, citada pela Agência Lusa, comentou que, com o aproximar da época festiva, os cidadãos europeus não devem baixar as guardas, pois “é provável que a Ómicron venha numa grande vaga, trazendo uma pressão renovada sobre os sistemas de saúde”.
“Enquanto aprendemos mais sobre a Ómicron, é evidente que uma maior transmissibilidade levará a um rápido aumento dos casos nas próximas semanas. O ECDC é claro: um aumento dos casos trará hospitalização adicional, internamentos nas unidades de cuidados intensivos e perda de vidas”, sublinhou.
Repetindo a ideia já deixada hoje de manhã pela presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, num discurso no Parlamento Europeu, de que a Europa está “mais bem preparada agora” para enfrentar a pandemia, a comissária insistiu, todavia, que é possível “fazer muito melhor”, e reiterou os apelos à intensificação rápida da vacinação, incluindo as doses de reforço.
“Precisamos do máximo respeito pelas medidas de saúde pública, combinado com um rápido aumento da vacinação de reforço para enfrentar a Ómicron. Demasiados Estados-membros ainda estão atrasados e quatro ainda estão abaixo dos 50% da taxa de vacinação total da população total. Isto é muito preocupante”, disse.
A concluir, a comissária Kyriakides alertou que “os Estados-Membros precisam de tomar as decisões correctas com base na ciência e tendo a saúde pública como uma prioridade” e “todos precisam de planear imediatamente o aumento da capacidade de cuidados de saúde, assegurar que as medidas de saúde pública sejam reintroduzidas e reforçadas, e que as vacinações sejam rapidamente aumentadas”.
O Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças considerou hoje que a nova variante Ómicron do vírus SARS-CoV-2 representa um risco “muito elevado” e exige medidas “urgentes e fortes”, de modo a proteger os sistemas de saúde.
*Fonte: PressTUR/PT

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