A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou, nesta sexta-feira (31), a suspensão temporária da temporada de navios de cruzeiros no Brasil. A indicação serve de paliativo imediato após casos de covid-19 identificados em dois transatlânticos na semana passada: MSC Splendida e Costa Diadema.
A informação foi divulgada pela Anvisa como forma de precaver a população, sendo recomendada diretamente ao Ministério da Sáude. Além da contaminação nos navios, a desinformação a respeito da variante ômicron também é outra preocupação que norteia a recomendação.
A recomendação da Anvisa segue o disposto na Lei 13.979/2020, que definiu que as medidas de restrição excepcional e temporária para entrada no país, por rodovias, portos ou aeroportos, e de locomoção interestadual são de competência conjunta dos Ministros de Estado da Saúde, da Justiça e Segurança Pública e da Infraestrutura e que a adoção da medida deve ser precedida de recomendação técnica e fundamentada da Agência.
Em outro trecho, a Anvisa também reitera que o potencial de disseminação da variante citada reflete o número de casos registrados a bordo.
Os dados disponíveis até o momento apontam que a variante Ômicron tem o potencial de se espalhar mais rápido do que outras variantes e que pode contornar parte da proteção imunológica de vacinas e casos anteriores de Covid-19. Nesse cenário, o CDC (Centers for Disease Control and Prevention – Centro de Controle e Prevenção de Doenças) dos Estados Unidos, na data de ontem, 30/12, atualizou o nível de alerta “COVID-19 Travel Health Notice” de 3 para 4, o nível mais alto possível, o que reflete o aumento de casos a bordo de navios de cruzeiro desde a identificação da variante Ômicron.
Vale lembrar que a recomendação não afeta, no entanto, as operações atuais dos cruzeiros no Brasil. O comunicado oficial reforça que a decisão final é do grupo de ministros relacionados, direta e indiretamente, à atividade turística.
“As operações seguem, como regra geral, autorizadas, submetidas às regras sanitárias vigentes e sob supervisão da Agência, que pode atuar – como vem atuando – para fazer cumprir os protocolos e proteger a saúde das pessoas”, finaliza. Leia a nota técnica do órgão na íntegra.
*Fonte: Brasilturis