Turismo de aventura: montanhista brasileiro pede respeito ao ecossistema

Foi publicado na ONU News orientações do alpinista brasileiro, Waldemar Niclevicz,  sobre o tema “Desenvolvimento Sustentável da Montanha” e como s impactos que a mudança climática tem causado no ecossistema e o aumento do turismo em destinos montanhosos durante a pandemia.

2022 é o Ano Internacional do Desenvolvimento Sustentável da Montanha. Crédito: Arquivo Pessoal/Waldemar Niclevicz

 

Niclevicz foi o primeiro brasileiro a chegar ao topo do Everest, a montanha mais alta do mundo com 8.848 metros de altitude, em 1995. Além de vencer o destino icônico para muitos aventureiros, ele já escalou mais de 200 montanhas. O K2, no Paquistão, e o Aconcágua, na Argentina, também estão na lista.

De acordo com dados de agências das Nações Unidas, com as restrições de viagens causadas pela pandemia de Covid-19, mais turistas buscaram destinos ao ar livre e em lugares remotos. Os aventureiros querem isolamento e contato com a natureza.

Uma pesquisa do Programa Mundial para o Meio Ambiente, Pnuma, revelou que quase a totalidade de turistas viram lixo e resíduos ao caminharem pela natureza.

O alpinista brasileiro reforça que as montanhas abrigam quase metade de todos os principais pontos da biodiversidade. Além disso, elas fornecem ainda água doce, todos os dias, para metade da humanidade.

O montanhista afirma que a conscientização e proteção desses locais devem estar cada vez mais em evidência. Além do Ano Internacional, o Dia Internacional da Montanha é comemorado anualmente em dezembro com o mesmo objetivo de promover a sustentabilidade nas áreas, que abrigam 15% da população mundial.

Ainda sobre o crescimento do turismo, o alpinista não vê como um problema. No entanto, ele entende que a falta de cuidado dos visitantes, assim como a falta de preparo e respeito para enfrentar os desafios da montanha, podem acelerar a degradação dos locais. Lembra apenas  que esses locais são muito especiais, mas muito delicados e exigem cuidados. Para ele, todo o esforço deve ser colocado para manter o ambiente no seu estado mais natural possível, garantindo que continue existindo para as futuras gerações, e que a conscientização tem que ser de todos, desde guias e agências, até os governos e a administração dos parques onde elas estão.

*Fonte: Diário do Turismo, com agências

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