O vereador da Cultura da Câmara Municipal de Lisboa, Diogo Moura, confirmou esta terça-feira, 8 de fevereiro, que as Festas de Lisboa vão regressar este ano, voltando a incluir marchas, arraiais e casamentos de Santo António.
De acordo com declarações do autarca à Lusa, as Festas de Lisboa, que não se realizaram nos últimos dois anos devido à pandemia da COVID-19, vão decorrer com um “risco partilhado” entre organização e participantes, que será enfrentado “com toda a segurança” e precavendo vários cenários.
Diogo Moura afasta qualquer possibilidade de cancelamento das Festas de Lisboa em 2022 e diz que isso só acontecerá “se a situação pandémica piorar muito” e se surgir “uma nova variante que venha com mais força, uma variante que venha impossibilitar a realização de eventos de grande massa”.
“É extremamente importante que as Festas de Lisboa ocorram”, acrescentou o responsável, explicando que, apesar do risco, uma vez que a pandemia ainda não terminou, a autarquia optou por manter as celebrações, que têm lugar em junho, e está a trabalhar para antecipar os vários cenários de evolução da COVID-19, inclusive para ter um plano pronto a ativar no caso de um pior cenário, de forma a permitir a realização de todas as iniciativas programadas.
O vereador da Cultura da Câmara Municipal de Lisboa sublinhou ainda que as festas fazem parte da “identidade e tradição” da cidade e que as coletividades e associações lisboetas têm “uma vontade enorme” de fazer com que “as festas possam ser uma realidade, na medida do possível iguais a uma situação normal”.
E, de facto, não estão previstas grandes mudanças, já que as marchas vão voltar a descer a Avenida da Liberdade na noite de 12 de junho, contando com os mesmos 20 grupos previstos para 2020, cada um com 24 pares de marchantes, enquanto os Casamentos de Santo António vão contar com a participação de 16 casais e, segundo Diogo Moura, a ideia é manter o habitual modelo, ainda que a decisão só seja tomada na próxima semana.
Já no que diz respeito aos arraiais, onde se incluem os oficiais da EGEAC, que são apoiados pela autarquia, e os que são licenciados pelas 24 juntas de freguesia, Diogo Moura assegurou que todos os pedidos “serão devidamente acompanhados por pareceres da Proteção Civil”.
“Teremos de perceber consoante as zonas da cidade quantos arraiais é que podemos ter, tendo em conta o espaço público diminuto e que regras é que vamos aplicar […], ouvindo as entidades competentes nesta matéria”, destacou, adiantando que está a ser feito “um levantamento muito inicial” de quais as possibilidades de funcionamento dos arraiais ou que restrições é que podem ter.
Admitindo que “muitas vezes é difícil” controlar a aglomeração de pessoas, o autarca assegurou que, consoante a situação pandémica na altura, a câmara terá “vários planos previstos, planos de contingência com as entidades competentes, envolvendo as juntas de freguesia, envolvendo os organizadores de arraiais, para obviamente evitar ao máximo que haja ajuntamentos”.
“Com as regras claras para todos, podemos perceber quais é que podemos licenciar ou não. Temos zonas da cidade que têm uma maior concentração de arraiais, principalmente as zonas históricas. Agora é preciso garantir aqui um determinado número de critérios de segurança”, considerou.
Nesta edição, as Festas de Lisboa recuperam o tema que devia ter dado o mote às festividades em 2020, os 100 anos do nascimento da fadista Amália Rodrigues, prevendo-se também a alusão ao centenário do Parque Mayer. *Fonte: Publituris/pt.