Marcas do turismo suspendem ligações com a Rússia

Com a ocupação russa da Ucrânia, várias são as marcas que estão a anunciar a suspensão ou encerramento das suas atividades na Rússia, num movimento que também chega ao turismo, já que, nos últimos dias, várias têm sido as empresas do setor que anunciaram a saída do mercado russo.

Da aviação, à operação turística, sem esquecer o alojamento, cruzeiros ou a manutenção aeronáutica, o certo é que o movimento começou com o encerramento do espaço aéreo europeu à companhia aérea russa Aeroflot, que acabaria por cancelar todos os seus voos internacionais, com exceção da Bielorrússia.

Da aviação, à operação turística, sem esquecer o alojamento, cruzeiros ou a manutenção aeronáutica, são já várias as marcas do setor do turismo que anunciaram a suspensão ou encerramento de atividade na Rússia. Foto. Divulgação.

 

Mas, além da companhia aérea estatal russa, este movimento de boicote à Rússia está também a ser impulsionado por várias outras empresas globais do setor, como é o caso da Airbnb, cujo CEO, Brian Chesky, anunciava na passada quinta-feira, 3 de março, através da sua conta do Twitter, o fim da operação da plataforma de alojamento local na Rússia e Bielorrúsia.

A Airbnb está mesmo a oferecer alojamento gratuito e de longo prazo a 100 mil refugiados ucranianos e já ofereceu ajuda no mesmo sentido para que a Polónia, Alemanha, Hungria e Roménia possam receber refugiados da Ucrânia no seu território.

A Expedia Group é outra das empresas do setor do turismo a juntar-se ao movimento, tendo já anunciado o fim da oferta de viagens de e para a Rússia, em represália pela agressão militar russa à Ucrânia.

“Em resposta aos recentes atos e sanções impostas pelo governo (dos EUA) contra a Rússia, cessamos a venda de viagens de e para a Rússia”, disse a gigante de viagens, que tem sede em Seattle, nos EUA, e que detém a plataforma de aluguer de alojamento de férias Vrbo.

Apesar da decisão, justificada com “a tristeza pelo que continua a acontecer  na Ucrânia”, a Expedia garante que vai continuar a “apoiar os viajantes, parceiros e membros” da sua equipa que tenham sido afetados por esta decisão ou que tenham familiares e amigos nas áreas afetadas.

Quem também se juntou ao boicote internacional à Rússia foi a Amadeus, que anunciou que não vai “firmar nenhum novo contrato na Rússia” e já eliminou as tarifas da Aeroflot do seu sistema.

“Vendo os ataques à Ucrânia, paramos imediatamente qualquer novo projeto comercial que pudéssemos ter previsto na Rússia”, afirma a empresa de tecnologia para agências de viagens, citada pela agência Efe.

Tal como a Amadeus, também a Sabre já rescindiu, na passada quinta-feira, 3 de março, o acordo de distribuição que mantinha com a companhia aérea russa Aeroflot, com o jornal espanhol  Hosteltur a lembrar que, em conjunto, a Amadeus e a Sabre  representam cerca de 80% do mercado da distribuição de bilhetes aéreos.

“Estamos a tomar uma posição contra este conflito militar. Estamos a cumprir, e vamos continuar a cumprir, as sanções impostas à Rússia”, disse Sean Menke, CEO da Sabre, empresa norte-americana de software e tecnologia para agências de viagens.

Ao boicote juntaram-se ainda os gigantes aeronáuticos Airbus e Boeing, que suspenderam a manutenção e apoio técnico prestado às companhias aéreas russas, tendo a Airbus já parado de enviar peças de substituição para a Rússia, numa altura em que está ainda a avaliar o encerramento do seu centro de engenharia em Moscovo.

Já a norte-americana Boeing, que também suspendeu o envio de peças de reposição, manutenção e serviços de suporte técnico para companhias aéreas russas, optou ainda por anunciar o fim das suas “grandes operações” na Rússia.

No que diz respeito aos cruzeiros, a invasão da Ucrânia pela Rússia levou as companhias a suspenderem as escalas em território russo. Norwegian Cruise Line, MSC Cruzeiros, Carnival Corporation e Celebrity Cruises são algumas das companhias que substituíram as escalas em território russo por outros portos nos países nórdicos

*Fonte: Publituris/pt

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