“…Um dia Godó brincando com seus amigos no fundo da casa durante uma manhã ensolarada, vê uma revoada de vagalumes na beira do riacho, ele consegue pegar um e levar para dar de presente a sua mãe que descobre que este vagalume na verdade era um diamante. Esta descoberta mudará totalmente a vida deles…”
Uma ficção inspirada na história que aconteceu no Vale do Pati, entre os anos de 1937 a 1985, Chapada Diamantina, Bahia, onde na época viviam duas mil famílias. Um decreto federal do governo militar, proibiu o cultivo do café na região e essas famílias foram obrigadas a abandonar suas terras, dando lugar a uma reserva ecológica. Hoje no local vivem somente oito famílias, e esta ficção narra a história de uma delas, a família de D. Dalzija e seu filho Jáiso, carinhosamente conhecido com Godó devido ao seu gosto pela comida típica da região chamada “godó”, um purê de banana verde. Godó, filho único, nove anos de idade, tinha uma galinha de estimação, que se chamava Zenáide e também um amigo invisível, fruto da sua imaginação chamado Biziu.

O espetáculo “Godó, o mensageiro do Vale” é fruto de uma pesquisa realizada pelo ator e produtor Caco Monteiro, sobre histórias do garimpo do diamante na região da Chapada Diamantina no coração do Estado da Bahia entre os anos 2000 e 2014.

O espetáculo é um monólogo, onde o ator Caco Monteiro (foto), interpreta o personagem Godó aos 90 anos de idade, narrando sua história através de flashback, em que ele interpreta também a sua mãe, seu pai, sua galinha Zenáide e ele aos 9 anos de idade.

Ator e produtor cultural, Caco Monteiro, 59 anos, trafega entre o teatro, o cinema e a televisão. Já ganhou diversos prêmios, como o Martim Gonçalves de Melhor Ator, em 1983, pela sua atuação na peça O Inspetor Geral, de Gogol. No cinema, participou de dezenas de filmes, entre eles a produção internacional Dawson, Isla 10 (2008), de Miguel Littin, Tieta do Ageste de Cacá Diegues (1995), Irmã Dulce (2014), de Vicente Amorim, Faroeste Caboclo (2011), de Renê Sampaio, Divaldo, o mensageiro da paz (2019) de Clovis Mello. Na televisão, participou de Laços de Família, em 2000, além de atuar em outras novelas e seriados da Rede Globo. Em 2016, foi assistente de direção de Deborah Colker na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016.

Conhecido internacionalmente pela direção de diversos espetáculos do grupo teatral português Chapitô; Édipo, Drácula, O Grande Criador, dentre outros sucessos, o diretor inglês John Mowat foi convidado para ser o diretor de “Godó, o mensageiro do Vale”, pelo seu trabalho desenvolvido com o Teatro Fisico Visual.

A iluminação de “Godó, o mensageiro do Vale”, é de Jorginho de Carvalho. Por sua vez, a trilha original é de Leco Brasileiro, enquanto Thais Bandeira assina a preparação corporal. A cenografia é de Daniela Steele. Já o figurino é de Maurício Martins. “Godó, o mensageiro do Vale” estreou no dia 04 de Janeiro de 2017 no Circo do Capão no Vale do Capão na Chapada Diamantina, Bahia e já se apresentou em Castelo Branco e Vila do Conde (Portugal), Cidade de São Paulo (São Paulo), Barbacena e São Lourenço (Minas Gerais), São
Cristovão (Sergipe), Salvador, Andaraí, Lençóis, Feira de Santana, Nilo Peçanha, na Comunidade Quilombola de Jatimane (Bahia).

Serviço:
Onde: Teatro Animação de Setúbal
Quando: 31 de março, 01, 02 e 03 de Abril de 2022
Hora: 21h
Onde: Auditório Municipal de Pinhal Novo – Rui Guerreiro (Palmela)
Quando: 06 de Abril de 2022
Hora: 21:30h
Ficha técnica: Godó, o mensageiro do Vale
Texto e Ator: Caco Monteiro
Colaboração do texto: Maurício Assunção
Pesquisa: Diana Almeida e Caco Monteiro
Direção: John Mowat
Co-direção: Mauricio Assunção
Iluminação: Jorginho de Carvalho
Trilha Sonora: Leco Brasileiro
Preparação Corporal e Assistente de Direção: Thaís Bandeira
Figurino: Maurício Martins /Acervo Boca de Cena
Cenário: Daniela Steele
Cenotécnico: Gringo Freitas
Operador de Som e Luz : Antonio “Kika”
Fotos: Cláudio Zakka/Mauricio Requião
Produção: Claudia Braga Hespelt
Realização : Instituto Cultural Lusófono

Foto: Divulgação